Segundo presidente do Sindicato Rural de Nova Xavantina, pela primeira vez na história do município, os trabalhos podem começar ainda em janeiro
Pedro Silvestre, de Nova Xavantina (MT)
O excesso de chuva em Nova Xavantina, no leste mato-grossense, contrariou o cenário histórico de estiagem dos anos anteriores. Com isso, o plantio da safra de soja foi adiantado em cerca de 15 dias.
De acordo com o presidente do sindicato rural da cidade, Endrigo Dalcin, os agricultores já cultivaram quase 60% da área prevista. “As condições das lavouras estão muito boas. Não temos nenhuma praga nova ou que esteja afetando a produtividade, até o momento”, conta.
O produtor rural José Miller iniciou o plantio bem mais cedo esse ano. Na propriedade dele, 70% da área foi plantada – cenário muito diferente das últimas três safras.
Estimulado pelo alto investimento em tecnologia, a expectativa do sojicultor é produzir em média 60 sacas por hectare. Porém, a crise hídrica enfrentada pelas lavoura nas últimas safras acaba contendo o otimismo, mesmo com quase 500 milímetros acumulados.
“A umidade [no solo] é essencial. A gente pode botar todos os nutrientes e essas coisas de última tecnologia, mas se não tiver chuva ou umidade não dá para produzirmos”, declara Miller.
Em Nova Xavantina, as lavouras de soja vão ocupar 65 mil hectares nesta safra, de acordo com Dalcin. Ele visitou fazendas do município e ficou bastante animado com o desempenho das lavouras. Segundo ele, a perspectiva é de que a produção comece a ser colhida no fim de janeiro, feito inédito no município.