Na sexta passada, dia 13, a diferença anual era de sete pontos porcentuais. Segundo a AGRural, o país voltou a registrar chuvas nesta semana, prejudicando a colheita. Os maiores problemas estão no Centro-Oeste, cujo plantio foi tardio por causa da estiagem.
Em Mato Grosso, as máquinas avançaram 11 pontos porcentuais na semana, mas os 34% colhidos até esta sexta ainda estão bem atrás dos 48% de 2014. O oeste e o norte do Estado são as regiões mais adiantadas, com índices em 38% e 39%, respectivamente.
Em Lucas do Rio Verde, no médio-norte, não se registrou perda de qualidade, mas a previsão de chuva para a próxima semana preocupa quem tem soja pronta para colher. Em Sapezal, no oeste, lotes estão sendo colhidos com 19% de umidade, e os produtores aproveitam o intervalo das chuvas para colher.
No sul, 35% da oleaginosa já saiu dos campos, mas nos últimos dias os trabalhos ficaram praticamente parados. Em Rondonópolis, somente nesta quinta, dia 19, foram registrados 45 milímetros de chuva. No leste, onde a colheita chegou a 18%, há relatos de produtividade de 30 sacas por hectare em Canarana.
O atraso também é grande em Mato Grosso do Sul, onde 24% da área foi colhida, ante 55% um ano atrás, conforme a AGRural. Com chuvas frequentes, poucos têm conseguido colher. No sul do Estado, a quantidade de grãos avariados já começou a aumentar por causa do excesso de umidade.
Em Goiás, as máquinas passaram por 31% da área semeada – 23 pontos porcentuais de desvantagem na comparação com 2014. Em Rio Verde, áreas castigadas pela estiagem estão rendendo 35 sacas por hectare.
Sudeste
Minas Gerais e São Paulo estão com 12% e 13% da área colhida, ante 14% e 28% de um ano atrás. Embora atrapalhem a saída do produto dos campos, as pancadas de chuva registradas nos últimos dias favorecem as áreas tardias.
Sul
Segundo a AGRural, o excesso de umidade também vem limitando o avanço da colheita no Sul. No Paraná, onde o índice estava adiantado na comparação com a safra passada, agora há um atraso de quatro pontos porcentuais, com 27% da área colhida.
Os trabalhos no oeste do Estado estão na reta final, mas os lotes estão saindo do campo com umidade. Nos Campos Gerais e no norte, as precipitações recentes impediram a entrada das máquinas nas lavouras. No sudoeste do Estado e em Guarapuava, no sul, os produtores estão encontrando dificuldades no controle da ferrugem.
Casos de ferrugem preocupam também o Rio Grande do Sul. Em Tupanciretã já se fala em perdas por conta do fungo. Boa parte das lavouras do Estado está em fase de enchimento de grãos, e a colheita começa só em meados de março. Em Santa Catarina, os trabalhos são pontuais e somam 3% da área plantada.
Norte e Nordeste
A colheita ainda é pontual e poucas lavouras estão prontas na região do Mapitoba. No Maranhão e no Tocantins, onde a chuva atrapalhou o começo dos trabalhos, 1% da área está colhida. Na Bahia, apenas as áreas irrigadas começaram a ser colhidas e o índice permanece em 2%. No Piauí, a colheita começa na próxima semana.