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Chuva deixa 26 cidades em estado de emergência no Rio Grande do Sul

Apesar dos problemas climáticos, a avaliação é otimista em torno da colheita da soja e do milho

Fonte: Defesa Civil RS/Divulgação

Os temporais que atingem o estado do Rio Grande do Sul entre abril e maio fizeram com que pelo menos 26 cidades decretassem situação de emergência no estado até a última segunda, dia 9. Segundo informações da Agência Brasil, a Defesa Civil estadual e de diversos municípios continuam enviando laudos e documentos necessários para comprovar os prejuízos e a necessidade de auxílio para ajudar a população a recuperar os danos.

O problema climático fez com que um grupo de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores gaúchos organizassem uma comitiva até Brasília para uma reunião nesta quarta, dia 10, com o ministro da Integração Nacional, Josélio de Andrade Moura, e com representantes da secretaria nacional de Proteção e Defesa Civil.

Intermediada pelo deputado federal Afonso Hamm (PP-RS), a reunião é uma oportunidade para que os políticos do estado reivindiquem o apoio federal para a recuperação de estradas e pontes e para amenizar os prejuízos, em especial no setor agrícola e pecuário.

Colheita
Apesar de as chuvas terem atrasado a colheita de soja e a umidade ter comprometido a qualidade do grão na região sul do estado, a avaliação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RS) ainda é otimista. Segundo eles, a colheita de soja e milho atinge 95% , no geral, as produtividades têm surpreendido de forma positiva.

Os últimos decretos de situação de emergência, homologados pelo governo gaúcho, foram os de Pedro Osório e Santa Vitória do Palmar. Também tiveram suas situações reconhecidas Aceguá; Arroio Grande; Bagé; Campinas das Missões; Candiota; Canguçu; Capão do Leão; Cerrito e Chuí, Cristal, Dom Pedrito; Herval; Hulha Negra; Jaguarão; Morro Redondo; Pedras Altas; Pedro Osório; Pinheiro; Machado; Quaraí; Rosário do Sul; Santa Vitória do Palmar; São Francisco de Assis e São Miguel das Missões. Dos 26 municípios, cinco já tiveram a situação reconhecida também pela União: Cerrito; Herval; Pedro Osório; Pinheiro Machado e São Francisco de Assis.

Abrigos
Segundo o major Gustavo Martins, da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 266 famílias diretamente afetadas pelas chuvas intensas, vendavais, um tornado e cheia de rios, tiveram que deixar suas casas e buscar a residência de parentes, amigos ou abrigos públicos.

Só na última semana de abril, a cheia dos rios devido ao mau tempo obrigou 85 famílias de Quaraí, 45 de Dom Pedrito e ao menos oito de Alegrete a deixar suas casas. “Continua chovendo em algumas regiões, principalmente na fronteira, e há previsão de mais chuvas para os próximos dias, mas nenhum alerta de fortes precipitações. Ainda assim, continuamos monitorando a situação, principalmente os já atingidos, pois o acúmulo (de água no solo) pode prejudicá-los”, disse o major à Agência Brasil.

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