Chuva dificulta fim da colheita de soja em MT, afirma Imea

Até quarta, dia 7, a colheita alcançou 98,9% dos 6 milhões de hectares cultivados nesta safraAs fortes chuvas da semana passada estão dificultando a finalização da colheita da soja em Mato Grosso. Até quarta, dia 7, a colheita alcançou 98,9% dos 6 milhões de hectares cultivados nesta safra, segundo levantamento do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea). Os trabalhos neste ano estão mais adiantados, em virtude do plantio antecipado na safra atual, pois em igual período do ano passado, a colheita havia atingido 95% dos 5,8 milhões de hectares cultivados no ano agrícola 2

No boletim desta semana, os técnicos do Imea afirmaram que o aumento da projeção de área cultivada foi responsável pela revisão da estimativa de safra em Mato Grosso, que passou de 18,375 milhões de hectares no levantamento de fevereiro para 18,874 milhões de hectares em março, contrariando a expectativa dos produtores, que esperaram uma queda por causa dos problemas provocados pela disseminação e pelo excesso de chuvas durante a colheita.

Os técnicos observam que a produtividade varia muito de acordo com as regiões, mas a média ponderada final se mantém próxima à linha histórica, registrando o pior rendimento das últimas três safras. Segundo eles, todas regiões produtoras sofreram com as chuvas, mas no médio-norte, que responde por 40% da produção estadual, a produtividade final aumentou de 51,3 sacas por hectare para 52,3 sacas por hectare, em virtude dos bons resultados obtidos por grandes produtores.

Os técnicos do Imea citam ainda como exemplo o município de Nova Ubiratã, sexto maior produtor de Mato Grosso, onde a média de produtividade foi de 53 sacas por hectare, índice 6 sacas acima da registrada no ano passado. Na região Sudeste, houve aumento de meia saca por hectare em média, encerrando com 50,5 sacas. O médio-norte e o sudeste respondem por 64% da produção estadual.

Quebra de produtividade

Os maiores problemas de quebra de produtividade foram registrados nas regiões oeste e no centro-sul, onde as médias finais variaram entre 30 e 55 sacas por hectare. “Em Diamantino, as médias de produtividade baixaram de 52 sacas para 47,3 sacas, sendo que o distrito de Deciolândia produziu menos de 46 sacas.” Na análise, os técnicos afirmaram que, apesar das discrepâncias entre as produtividades, os resultados no campo ainda foram satisfatórios, “mas resta saber como ficará a rentabilidade com produtividade menor com os atuais preços”.

No mercado físico, a semana passada foi de poucos negócios. No médio-norte, as indicações para Lucas do Rio Verde foram de R$ 25,30/saca; em Nova Mutum R$ 25,50; em Sinop R$ 24,50; e em Sorriso R$ 25,00. No oeste, as propostas em Campo Novo do Parecis foi de R$ 26,80 e em Sapezal de R$ 27,00. No sudeste as indicações para Campo Verde foram de R$ 27,50; em Primavera do Leste R$ 27,50; e em Rondonópolis R$ 28,50. No nordeste, onde se concentra o final da colheita, o melhor preço para Canarana foi de R$ 26,70.

Agência Estado