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Chuva dos últimos dias tem ajudado produtores de seringueira em São Paulo

Seca no início do ano prejudicou as plantações, e muitos agricultores até estimaram queda na produção de borracha naturalA chuva das últimas semanas que atingiu o Estado de São Paulo tem ajudado os produtores de borracha natural. Isso porque eles já estavam estimando uma perda de produção por conta da seca no início da safra. A média nacional em 2012 foi de dois mil quilos de borracha por hectare. Produtividade que este ano vai ser maior por causa de novos seringais.

José Trindade trabalha em uma fazenda de seringueiras de oito mil hectares em Porto Feliz, interior de São Paulo. Há dois meses estava com o trabalho praticamente parado, mas nos últimos dias, fica horas no cultivo do látex. E os resultados devem ser bem promissores.

Os produtores de seringueira estão comemorando a chuva das últimas semanas. A produção deve seguir até o final de julho, início de agosto, no fim da safra. A seca no início do ano prejudicou a produtividade no campo.

Agora as condições do tempo são bem favoráveis para a sangria. Normalmente, o período de colheita é de setembro a junho. No ano passado, a safra ficou em 170 mil toneladas de borracha em todo o país. Este ano, a previsão é de cerca de 173 mil toneladas. Crescimento modesto, mas que é apontado por especialistas como muito bom, principalmente para quem já pensava em prejuízo.

O problema não atinge apenas o Estado de São Paulo. O Brasil está com problemas na produção de borracha líquida e cerca de 60% da nossa demanda é importada. Apesar de a atividade ser bem mais rentável que a cana-de-açúcar, por exemplo, um seringal leva de oito a 10 anos para produzir de forma rentável. Para o ex-secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio, os preços pagos atualmente ao produtor não estão altos como em 2010, que giravam em torno de R$ 3,50. Atualmente, na faixa de R$ 2, 20, o valor não ajuda a atividade no país.

– Quando você tem um preço muito bom e uma rentabilidade melhor do agronegócio brasileiro, você acaba criando gordura, ineficiência por acomodação. Agora a situação é inversa. Agora a gente tem um preço que não é prejuízo, mas é uma rentabilidade bem menor. Você não pode perder mais sangrias, estimular as árvores no período certo, a mão de obra tem que ser a melhor, para produzir mais tem que ganhar mais. Você tem cortar custos no que for possível para ter um crescimento – diz João Sampaio.

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