Com a chuva de acumulados entre 80 e 100 milímetros das últimas duas semanas, o trabalho de colheita do café no cerrado de Minas Gerais atrasou, provocando perda de qualidade nos grãos. De acordo com o agrônomo e consultor técnico Kassio Fonseca, a chuva derrubou 20 a 30% dos pés na região.
– Nós vamos ver realmente este prejuízo um pouco mais para frente, quando formos provar estes café – avalia.
O produto que vai para o terreiro fica exposto à chuva inesperada e pode até fermentar. Por isso, os cafeicultores correm contra o tempo, aproveitando todos os momentos de sol firme para secar os grãos.
O cafeicultor Odinaldo Rivelini diz que nunca tinha visto tanto café no chão. Os grãos estão caindo facilmente.
Notícias Relacionadas
– A situação é bem preocupante. A gente não sabe ainda o que vai acontecer. O aspecto mostra que vai ser um café de baixa qualidade – afirma o produtor, proprietário de 100 hectares.
Nos pés, é possível ver os grãos mofando. As colheitadeiras estão sendo reguladas para passarem rapidamente com vibração menos intensa. Isso para amenizar outro problema: a falta de uniformidade dos grãos.
– A gente acredita que agora a seca venha realmente e a gente possa ter este período característico de colheita. Porém é difícil, primeiro temos que nos preocupar em tirar do pé, para depois aproveitar o que está no chão. E qualquer chuva a mais que der neste café do chão é mais perda de qualidade – afirma.
