Os benefícios, entretanto, não foram uniformes, diz o agrometeorologista Marco Antônio dos Santos, da Somar.
– No máximo 40% desta área teve chuva com importância agronômica, ou seja, acima de 30 milímetros – diz.
Na metade norte do Estado, onde se concentra a lavoura de soja, os volumes foram mais expressivos e melhor distribuídos em regiões como Planalto Médio e Campos de Cima da Serra. No Noroeste, no entanto, choveu menos e, em alguns municípios, não caiu um pingo sequer.
– Na nossa região, com 47 municípios, em cerca de 70% caiu pelo menos 20 milímetros – relata Antônio Altíssimo, gerente adjunto do escritório regional da Emater em Ijuí.
Técnicos alertam que, mesmo onde choveu, seria preciso uma nova ocorrência em uma semana para estancar as perdas de produtividade. A expectativa do meteorologista Flavio Varone, do Centro Estadual de Meteorologia (CemetRS), é de que uma nova chuva significativa ocorra somente por volta do dia 25.
– Deve atingir principalmente o Oeste e o Norte e chegar a áreas que continuam precisando muito de chuva – afirma.
Além das zonas com maior peso agrícola, Região Metropolitana, Serra e Litoral Norte tiveram precipitações com maior intensidade. Na Campanha, Fronteira Oeste e zona Sul, porém, a chuva foi ínfima.