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Chuva regular poderá elevar produção de milho no Rio Grande do Sul

Precipitação dos próximos dias é decisiva para confirmar safra maiorOs próximos 15 dias serão decisivos para a produtividade de grande parte das lavouras de milho no Rio Grande do Sul. Ao entrar num período crítico, de floração e enchimento dos grãos, produtores do norte do Estado dependem de chuva para confirmar a expectativa de uma safra favorável e de retomada dos lucros.

Apesar do atraso no plantio deste ano, em razão do prolongamento das temperaturas baixas, 82% das lavouras gaúchas já foram plantadas. A área estimada para a safra 2010/2011 é de aproximadamente 1,1 milhão de hectares de milho.

? Cerca de 36% da produção entrou em processo de floração agora em dezembro, período em que o volume hídrico é determinante para a produtividade dos grãos ? explicou Dulphi Pinheiro Machado Neto, engenheiro agrônomo da Emater.

Se o tempo colaborar, com a ocorrência de chuva a cada cinco dias pelo menos, a projeção de uma safra de 5 milhões de toneladas, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), tende a ser concretizada.

Margem de lucro do produtor pode atingir 10,7% por saca

A expectativa positiva, mesmo em ano de La Niña, é reforçada pela projeção de aumento da lucratividade das lavouras.

? Se não houver imprevistos, os produtores terão margem de lucro de 10,7% após duas safras em que os preços no mercado não cobriram os custos de produção ? disse Tarcísio Minetto, assessor técnico da Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro).

Na última safra, o prejuízo dos produtores chegou a 10,45% por saca.

Quando projetou a safra nos primeiros meses do ano, o produtor Jéferson Saggiorato, 41 anos, vivia um dilema. Diante da possibilidade de estiagem e dos dois últimos anos de preço baixo, apostar no milho parecia loucura. Hoje, porém, tudo mudou. Diante das ótimas perspectivas, ele se arrepende de não ter arriscado mais.

? O quadro atual é animador para bons negócios ? afirmou.

Para Saggiorato, os incentivos à produção de milho e a projeção de alta nos preços significam uma recuperação após seguidas safras no vermelho. Enquanto muitos desistiram do plantio devido ao risco de prejuízo e ao histórico recente, quem pagou para ver, como ele, espera contabilizar bons lucros.

Na propriedade de cem hectares localizada em Mato Castelhano, no Norte do Estado, a produção de Saggiorato só cresce. O volume recente de chuva registrado nos últimos dias, após um período de carência em novembro, reforça as boas expectativas. Na safra anterior, o produtor colheu, em média, 9 mil quilos por hectare. Na atual, projeta crescimento.

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