Se concretizada, será a segunda maior safra de soja na história do país – maior exportador mundial de óleo e farelo de soja, de acordo com a bolsa. Contudo, a previsão para colheita argentina era de 55 milhões de toneladas antes do clima ter ficado mais seco em janeiro. Atualmente, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) prevê 53 milhões de toneladas.
— O panorama não está claro, mas as chuvas trouxeram alívio para muitas áreas e interromperam a deterioração da safra — informou o analista-chefe de agricultura da bolsa, Esteban Copati.
Todavia, contínuas precipitações são necessárias para impedir novos danos, afirmou ele.
Na semana passada, choveu até 50 milímetros em partes no noroeste do país, mas algumas lavouras já foram prejudicadas pela estiagem, observa Copati. Várias áreas da província de Buenos Aires e do sul de Córdoba ainda estão muito secas, acrescentou.
As chuvas beneficiaram o nordeste, mas a região oeste ainda precisa de mais umidade, comentou Francisco Mariani, analista da consultoria Terra Pampa. As precipitações no início da temporada “estão evitando um desastre como do ano passado, mas a produção deve ficar abaixo de 50 milhões de toneladas”, disse Mariani, referindo-se à quebra da safra 2011/2012 em virtude de uma forte seca.
Apesar da seca em janeiro, a produção argentina de milho deve atingir um nível histórico de 25 milhões de toneladas em 2012/2013, ante 21,5 milhões de toneladas colhidas em 2011/2012, estimou a bolsa. De acordo com o ministério de Agricultura do terceiro maior exportador do cereal no mundo, o recorde anterior foi de 22,7 milhões de toneladas em 2009/10. A projeção da bolsa é menor que as 27 milhões de toneladas esperadas pelo USDA.