Milho
O milho na bolsa de Chicago teve uma quarta-feira, 26, difícil. Segundo a consultoria Safras & Mercado, ocorreu uma correção técnica em um dia em que as chuvas atingiram de 60% a 70% do meio-oeste norte-americano. Na parte norte do país e planícies o índice pluviométrico ainda é baixo. Novas chuvas são esperadas para as próximas 48 horas. Em relação às cotações, a expectativa é que sem a alta de juros nos Estados Unidos, o câmbio será um fator de pressão de baixa para o preço do milho no mercado interno.
Aqui no Brasil a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realiza nesta quinta-feira, 27, novos leilões de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP), com 60 mil toneladas ofertadas, e de Prêmio Equalizador Pago ao Produtor, com 692 mil toneladas.
A armazenagem de milho a céu aberto já não é uma condição apenas em Mato Grosso e surge em estados como o Paraná e Goiás neste momento, fato que poderá ocorrer em São Paulo nos próximos dias.
Dólar
Em decisão unânime, o Federal Reserve (Fed), que é o banco central norte-americano, manteve a taxa básica de juros na faixa entre 1% e 1,25% ao ano, afirmando que a política monetária do país permanece acomodada para apoiar futuros avanços no mercado de trabalho e o retorno da inflação para a meta de 2%. Essa informação enfraqueceu o dólar globalmente.
No Brasil o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa básica de juros, a Selic, em 1%, ficando então em 9,25%. Esta é a menor taxa desde outubro de 2013. O dado veio de acordo com o esperado pelo mercado financeiro. As informações da política também seguem no radar dos investidores.
No fim do dia a moeda terminou negociado a R$ 3,144, com baixa de 0,78%.
Soja
Os contratos da soja na bolsa de Chicago (CBOT) tiveram uma quarta-feira de em alta. O mercado teve um dia volátil, mas o movimento de recuperação técnica após as recentes perdas predominou. O mercado segue focado no clima nos Estados Unidos e os mais recentes boletins seguem apontando condições favoráveis ao desenvolvimento das lavouras no mês de agosto, período decisivo para definir o potencial produtivo da safra.
O cenário de aversão ao risco no mercado financeiro também contribuiu para os ganhos da oleaginosa. Após o resultado da reunião do banco central americano, o petróleo subiu e o dólar recuou frente a outras moedas, ajudando a sustentar as commodities.
Aqui no Brasil o mercado interno de soja manteve o ritmo lento nas principais praças de comercialização do país e os preços da soja no mercado físico tiveram oscilações mistas.
Café
O café arábica na bolsa de Nova Iork (ICE Futures US) encerrou a quarta-feira com uma alta expressiva. O mercado teve uma sessão de recuperação técnica, após as fortes perdas dos últimos dias. Os ganhos estiveram mais atrelados a aspectos financeiros. O petróleo subiu e puxou para cima o mercado futuro das commodities o grão seguiu o movimento. No final do dia o vencimento de setembro de 2017 teve alta de 3,21% cotado a 134,80 cents por libra-peso (420 pontos).
Já aqui no Brasil, mesmo diante da alta lá o mercado físico teve negócios pontuais. Os produtores rurais ainda estão dosando a oferta do produto, acreditando em uma melhora nos preços do café.
Boi
A oferta de animais terminados segue reduzida, o que dificulta a ação dos frigoríficos e colaborado para limitar os pagamentos menores. Por outro lado, a demanda lenta por carne bovina e as escalas de abate ainda confortáveis, limitam os pagamentos maiores.
A pressão de baixa observada nas últimas semanas, já não tem mais a mesma intensidade e apenas algumas quedas pontuais são observadas. Uma eventual retomada do movimento de alta depende da demanda durante a primeira quinzena de agosto, que teoricamente tende a ser mais aquecida. Veja o preço da arroba do boi gordo na sua região.
Previsão do tempo
Um bloqueio atmosférico ainda impede que as chuvas avancem pelo Brasil nos próximos dias. O tempo firme continua no Sudeste e Centro-Oeste. No litoral do Nordeste e faixa norte da região Norte, áreas de instabilidade típicas desta época do ano seguem trazendo chuva frequente. Há indícios de mudança no padrão atmosférico na primeira semana de agosto, com retorno das chuvas especialmente para o Rio Grande do Sul e mais tarde, alcançando algumas áreas de Mato Grosso do Sul e de São Paulo.
A semana segue com manutenção do frio nas primeiras horas do dia nos pontos mais altos do Sul e do Sudeste. Não há previsão de temperaturas baixas a ponto de causar danos às lavouras. O enfraquecimento do bloqueio atmosférico na virada do mês permite além do retorno da chuva, declínio das temperaturas da tarde no Sul.
Outro destaque é a indicação de aumento da possibilidade do fenônemo La Niña. Segundo a meteorologista Desirée Brandt, as últimas simulações da previsão de temperatura das águas da superfície do oceano pacífico estão indicando um ligeiro resfriamento entre o fim deste ano e início de 2018.
Sul
A atuação de um sistema de alta pressão atmosférica deixa o tempo seco em toda a região Sul, com predomínio do sol durante o dia. A exceção fica em Chuí (RS), no extremo sul gaúcho, que ainda tem nebulosidade, mas já sem condição para chuva. O dia amanhece com temperatura amena e uma leve sensação de frio, além de formação de nevoeiros. No período da tarde a temperatura aumenta, deixando a sensação de calor mais alta que nos dias anteriores e também bem mais elevada do que o normal, para esta época do ano.
Sudeste
Nesta quinta-feira, a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica inibe a formação de nuvens carregadas e assim o tempo continua bastante firme entre São Paulo, oeste fluminense e maior parte de Minas Gerais. Apenas no Espírito Santo, norte do Rio de Janeiro e extremo nordeste de Minas Gerais é que há condições para chuva ao longo do dia. Em toda a região o dia amanhece com temperaturas amenas e uma leve sensação de frio, além de formação de alguns nevoeiros. No período da tarde a temperatura se eleva e a sensação de calor volta, com destaque para o oeste mineiro e norte paulista.
Centro-Oeste
Toda a região Centro-Oeste permanece com temperaturas elevadas, sem condições para chuva. Por conta do tempo seco, o interior da região tem condições para entrar em estado de atenção, devido à baixa umidade relativa do ar. Já faz mais de 100 dias que não chove no nordeste do Mato Grosso e mais de dois meses que não cai uma gota d’água entre Goiás e centro-leste do Mato Grosso.
Nordeste
Nesta quinta-feira, apenas a faixa leste da região Nordeste conta com a presença de chuva intercalada com períodos de melhoria. Chove, além do litoral, em áreas do agreste entre a Bahia e Pernambuco. No interior, o sol e o calor ainda predominam. O dia amanhecerá com uma leve sensação de calor, que vai aumentando ao longo do dia em toda a região, de maneira geral.
Norte
Apenas a faixa norte da região tem condições para chuva, com destaque para Roraima onde há, inclusive, condição para trovoadas. Nas demais áreas, o sol predomina e a sensação de tempo abafado continua. Já faz mais de 100 dias que não chove no sudoeste do Tocantins.