De abril a novembro, durante o período da safra brasileira, as usinas estão a todo vapor. Segundo o diretor do grupo Viralcool, Antônio Tonielo Filho, que administra três usinas em São Paulo, na de Sertãozinho, no interior do Estado, o volume de cana processada diariamente chega a 4,2 mil, o que produz, no mínimo, 400 mil litros de etanol por dia. As outras duas produzem açúcar e energia também.
A safra deste ano deve ser um pouco mais estendida que a anterior. As moagens devem ir até dezembro, enquanto que em 2011 terminaram um mês antes. O motivo são os elevados volumes de chuva do início da safra, que impediu o início da colheita. Mesmo com as usinas trabalhando firme, ainda resta cana para ser colhida, o que acaba prejudicando o mercado.
A safra no Centro- Sul do Brasil, que corresponde a 90% da produção nacional, está 14% atrasada. Nessa mesma época em 2011, já haviam sido colhidos quase 300 milhões de toneladas de cana, enquanto que neste ano, até o momento, mal chega a 261 milhões.
A cana que está saindo mais tarde da lavoura também está menos produtiva. O chamado ATR, o índice que mede a quantidade de açúcares na planta, está menor do que na safra passada. Até a primeira quinzena de agosto, a quantidade era de 139 kg de açúcares por tonelada, enquanto que na safra passada chegou a 143 kg.
Segundo o representante da União da Indústria da Cana-de-açúcar (Única) na região de Ribeirão Preto, em São Paulo, Sérgio Prado, ainda não é possível fazer alguma projeção para os resultados desta safra.