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Chuvas dificultam manejos no Rio Grande do Sul e no Paraná

Trigo e milho foram os principais prejudicados pelo clima dos últimos dias

Fonte: Irio Gabriel/Palotina (PR)

O excesso de chuvas registrado no Paraná e no Rio Grande do Sul nos últimos dias afetou o desenvolvimento das lavouras nos dois estados, com destaque para o trigo nos dois estados e o milho paranaense.

 Boletim divulgado na quinta, dia 23, pela Emater gaúcha indicou que, na última semana, as condições meteorológicas foram mais uma vez adversas para o desenvolvimento da cultura do trigo em todo o Rio Grande do Sul.

Os triticultores enfrentaram dificuldades para realizar tratos culturais, como adubação nitrogenada em cobertura e aplicação de herbicidas e fungicidas.

– Muitos que optaram por realizar essas atividades provocaram desestruturação do solo e comprometimento das culturas nos locais de trânsito das máquinas e equipamentos – diz o texto.

 Segundo a Emater-RS, nesse cenário não houve avanço significativo na área semeada, dificultando a verificação do real porcentual alcançado até aqui – no boletim anterior, de 16 de julho, a entidade informou que o plantio havia chegado a 83% da área estimada.

– Em muitos casos, os triticultores estão desistindo da implantação das áreas restantes. Vários municípios constataram diminuição da terra cultivada ainda maior do que a prevista anteriormente – afirma o texto.

O informativo também explica que, em áreas semeadas precocemente com o grão, algumas lavouras começam a entrar em fase reprodutiva, porém em porcentual muito baixo. Apesar das chuvas, o aspecto visual das lavouras de trigo ainda é satisfatório, apenas com coloração verde-pálido e baixo perfilhamento.

As maiores preocupações da última semana foram o aumento da incidência de doenças foliares e a dificuldade de realizar controle e os tratos culturais no momento ideal. A Emater-RS ainda informa que os preços pagos ao produtor de trigo continuam pouco atrativos, ficando em média em R$ 27,96 a saca de 60 quilos.

Paraná

O longo período de chuvas no mês de julho trouxe problemas para as lavouras de milho e trigo da região da Copacol, cooperativa com sede em Cafelândia, no Paraná.

– Houve o brotamento de grãos na espiga reduzindo a qualidade dos grãos recebidos, bem como a produtividade em função de perdas por acamamento e alta umidade, mas ainda temos a previsão de recebimento de 8 milhões de sacas (de milho) – disse em nota o assessor técnico da cooperativa, Fernando Fávero.

Com o período mais seco nos últimos dias, a colheita avançou e o milho já foi retirado de 65% da área semeada.

Em relação ao trigo, Fávero diz que 15 mil hectares foram semeados na área da cooperativa, e as precipitações acabaram favorecendo o desenvolvimento de doenças de folha e espiga. Segundo ele, ainda não é possível calcular as perdas e a produtividade. 

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