Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Chuvas interrompem colheita de soja no Brasil

Excesso de umidade gerou preocupações quanto a doenças e também quanto ao impacto nas lavouras prontas para a colheita

Fonte: Moisés Cossetin/Maracaju (MS)

As recentes precipitações no Brasil, além de terem interrompido a colheita da soja em algumas regiões, geraram preocupações quanto a doenças e também quanto ao impacto nas lavouras prontas para a colheita.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea),  o excesso de umidade elevou o número de fungos e produtores temem por grão ardido, principalmente nas regiões do Sul do Brasil, onde as chuvas foram mais intensas.

A demanda, segundo o Cepea, segue intensa. Indústrias domésticas já elevaram o processamento do grão e a exportação segue firme, os registros de mercado apontam quantidades expressivas a serem embarcadas nas próximas semanas. 

Avanço da colheita no país

A consultoria AgRural informou que a colheita de soja alcançou na semana passada 33% da área, um avanço em relação ao mesmo período do ano passado, que estava em 29%, e acima da média dos últimos cinco anos. De acordo com relatório semanal sobre a colheita da safra 2015/16 da consultoria, com pancadas de chuvas irregulares em boa parte da região Centro-Sul do Brasil, produtores colheram a soja no intervalo das chuvas.

Mato Grosso

Em Mato Grosso, as chuvas foram mais frequentes no norte e oeste do Estado. A colheita avançou 19 pontos, atingindo 52% da área, à frente dos 50% da safra passada e dos 51% da média de cinco anos. Em Sorriso, no médio-norte, apesar da umidade, não há perdas na qualidade. A produtividade varia de 35 sacas a 60 sacas de 60 kg. Em Sapezal, no oeste, a chuva atrapalhou a permanência das máquinas no campo. Em Campo Verde, no sul, há talhões de ciclo médio e tardio com rendimento médio de 60 sacas.

Goiás

Em Goiás, o avanço semanal foi de 17 pontos. O índice está em 45%, em comparação com 43% há um ano. Em Montividiu, no sudoeste, há relatos de talhões rendendo 62 sacas. A colheita em Mato Grosso do Sul desacelerou por causa da umidade, mas o índice está em 50%, acima dos 40% do mesmo período do ano passado. Até o momento, não há problemas na qualidade. Em Naviraí, no sul, a produtividade da soja de ciclo médio varia de 55 a 60 sacas.

Paraná

Segundo a AgRural, com elevada umidade, a colheita evolui 5 pontos no Paraná, alcançando 48% e continua acima dos 33% do ano passado. Em Cornélio Procópio, no norte, as máquinas estão paradas desde domingo. Além disso, os produtores estão preocupados com a qualidade. Em Ponta Grossa, a umidade atrapalhou a colheita e alguns produtores relatam baixo peso do grão em virtude do excesso de chuva e falta de luminosidade. No oeste, a colheita está praticamente finalizada, com a produtividade média estimada em 58 sacas.  

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, a colheita ainda não alcança 1% e deve começar a ganhar ritmo em março. Em Ijuí, os primeiros talhões rendem, em média, 50 sacas. Na região de Passo Fundo, os relatos vão de 46 a 60 sacas por hectare.

Matopiba

A consultoria informa, ainda, que, após o plantio tardio, a falta de chuva em fevereiro voltou a trazer incertezas sobre a safra do Matopiba (acrônimo criado com as iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), que representa 10,5% da produção brasileira. Na Bahia, a colheita ainda é restrita a áreas irrigadas e soma 6%. A estiagem em alguns talhões na fase reprodutiva já dura 20 dias.

No Maranhão, 5% da área foi colhida. Na região da Batavo, as primeiras áreas rendem em média 50 sacas, mas boa parte da soja ainda precisa de chuva. No Tocantins, 7% da área foi colhida e aproximadamente 70% da soja está com a produtividade em aberto. No Piauí, a colheita ainda é pontual. Na região de Uruçuí, as primeiras áreas rendem 30 sacas. A estiagem dura duas semanas em algumas áreas, estima a AgRural. 

Sair da versão mobile