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Chuvas irregulares: Conab vê impactos negativos em parte das lavouras de soja

Levantamento realizado pela entidade destaca a condição de plantio em cada estado produtor de soja. No Sul, há regiões com previsão de replantio. Confira a situação de seu estado!

Um estudo realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Boletim de Monitoramento Agrícola, mostra que as chuvas irregulares e mal distribuídas, da primeira quinzena de novembro, estão trazendo impactos negativos para as lavouras de soja de parte do país.

Segundo a entidade, no Sul, por exemplo, o baixo volume de chuvas “tem afetado a evolução da semeadura e o desenvolvimento dos cultivos de verão”. Mas isso não acontece só ali, incluindo condições desfavoráveis em boa parte da região Centro-Sul.

“O propósito do monitoramento é avaliar as condições atuais das lavouras em decorrência de fatores agronômicos e eventos climáticos recentes, a fim de auxiliar na estimativa da produtividade”, destaca a Conab.

Segundo o estudo, a irregularidade das chuvas fez com que a média diária do armazenamento hídrico no solo, durante a primeira quinzena (e a cada 5 dias do mês) ficasse abaixo de 40% em importantes regiões produtoras.

“Na região Sul, observa-se uma diminuição desse índice ao longo do período, com exceção de Santa Catarina, que teve uma leve melhora no final da primeira quinzena. Já a maior parte do Centro-Oeste e o Matopiba apresentaram uma certa estabilidade”, diz a entidade.

mapa conab anomalia hidridrca

Confira abaixo a avaliação por estado!

SUL

Segundo a Conab, os mapas de anomalia do Índice de Vegetação mostram uma predominância
na quantidade de áreas com anomalias negativas em quase toda a região Sul do país.

“A falta de chuvas é a grande responsável, pois impactou tanto a semeadura quanto o desenvolvimento dos cultivos de verão, atrasando o plantio da nova safra”, afirma a Conab.

Paraná

A semeadura está quase finalizada. Apesar de o plantio ter ocorrido de forma acelerada no mês de outubro, as condições de umidade não foram as ideais, sendo que apenas 70% das lavouras implantadas estão em boas condições. As chuvas que ocorreram no final da primeira quinzena de novembro, de forma generalizada e com maior frequência, beneficiaram as lavouras, que estão, em sua maioria, na fase de desenvolvimento vegetativo.

Santa Catarina

Com o retorno das chuvas mais volumosas no final da primeira quinzena de novembro, os produtores avançaram a semeadura, atingindo 53%. As áreas já semeadas retomaram o desenvolvimento vegetativo normal, sendo que as primeiras já iniciaram a fase reprodutiva.

Rio Grande do Sul

A semeadura segue avançando de forma lenta devido à baixa umidade do solo, ventos constantes e alta insolação. Muitas lavouras precisaram ser replantadas devido à germinação desuniforme. As plantas apresentam dificuldades no desenvolvimento inicial.

SUDESTE

Minas Gerais

a semeadura já atingiu 60% da área. As lavouras se encontram, principalmente, em emergência e desenvolvimento vegetativo.

São Paulo

As chuvas da primeira quinzena de novembro estimularam os produtores a acelerarem a semeadura. Na região de Capão Bonito (Itapetininga) a semeadura está mais avançada.

CENTRO-OESTE

Mato Grosso

A semeadura entrou na reta final, atingindo 92,3% da área. Apesar das chuvas irregulares, a implantação da cultura segue a todo vapor, com trabalhos sendo realizados também no período noturno em algumas propriedades.

Mato Grosso do Sul

As áreas que serão destinadas ao milho segunda safra já foram semeadas com soja. As lavouras estavam apresentando, até o final da primeira quinzena de novembro, excelente desenvolvimento. Como mais de 80% das variedades são de crescimento indeterminado, já existem áreas iniciando o florescimento.

Goiás

O retorno das chuvas nas principais regiões produtoras do estado propiciou o acúmulo de umidade no solo, favorecendo a implantação das lavouras. Até o final da primeira quinzena de novembro, cerca de 73% da área prevista já estava semeada e a expectativa é de avanço nas operações para finalizar o plantio na janela ideal.

MATOPIBA

“Nota-se que a maioria das anomalias é pequena, indicando uma certa similaridade entre o calendário de plantio e a condição de desenvolvimento da safra atual e a anterior. Já no sul maranhense e na região oriental do Tocantins, a predominância é de anomalias negativas, o que indica um atraso no plantio da safra atual em relação à safra passada”, destaca a entidade.

Maranhão

As chuvas que ocorreram na primeira semana de novembro fizeram que houvesse avanço na semeadura em diversas áreas. Na região de Balsas, a semeadura foi finalizada e as demais regiões estão em processo ou aguardando o retorno das chuvas. De maneira geral, o estado semeou cerca de 1/3 da área estimada até o final da primeira quinzena de novembro.

Bahia

Com uma semana sem chuvas e com solo úmido no final da primeira quinzena de novembro, o plantio evolui de forma acelerada e atingiu 35% da área. As lavouras estão em emergência e desenvolvimento vegetativo. O plantio das áreas irrigadas foi finalizado e o de sequeiro segue até meados de dezembro.

Tocantins

A semeadura avançou conforme o aumento das precipitações, e atingiu 55% da área. No Piauí a semeadura finalizou a primeira quinzena do mês ocorrendo de forma mais lenta, devido à falta de umidade no solo.

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