O elevado volume de chuvas registrado neste mês no Rio Grande do Sul afetou as lavouras de trigo e atrasou a semeadura e início do desenvolvimento da safra verão 2023/24, informou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no seu boletim de monitoramento agrícola.
A companhia destaca que as precipitações superaram 400 milímetros em algumas regiões do estado.
“O excesso de umidade, em algumas áreas, causou falhas no estabelecimento das lavouras e prejudicou as operações de adubação”, ressaltou a Conab.
De acordo com a Conab, há melhor condição do índice de vegetação (IV) das lavouras de inverno da safra 2023 na metade sul do Paraná e no oeste de Santa Catarina.
“No noroeste rio-grandense foi observada uma menor frequência de altos valores do IV, comparado aos demais Estados. Em todas as regiões o índice está em queda, em função do avanço da maturação e colheita dos cultivos de inverno e da preparação das áreas para o cultivo da próxima safra”, ponderou a Conab.
À exceção do Rio Grande do Sul, a média diária do armazenamento hídrico no solo favoreceu a semeadura e o início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra, sobretudo de milho verão, na maior parte da região Sul, segundo a empresa pública.
A Conab ressaltou ainda que no oeste da região Norte e no litoral da região Nordeste, assim como em parte de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, as chuvas foram menos volumosas, não causando impactos na colheita do algodão e da segunda safra do milho.
“Sendo favoráveis para a elevação da umidade do ar e a redução do risco de incêndios no período. No entanto, os acumulados foram insuficientes para recuperar a umidade