? Considerando que o fungo está amplamente disseminado e que o ciclo da doença, desde a infecção até a liberação de esporos, dura em torno de seis a nove dias, dependendo das condições climáticas, é possível que, a partir do próximo fim de semana os sintomas da ferrugem sejam observados na região ? alerta o fitopatologista da Embrapa Agropecuária Oeste em Dourados, Alexandre Roese.
O pesquisador explica que a relação entre chuva e doença é muito forte, pois o fungo causador precisa de água livre sobre as folhas para iniciar o processo de germinação dos esporos, infecção e desenvolvimento da praga. Por isso a falta de chuvas no Estado ajuda a explicar a pequena quantidade de focos da doença detectados.
Segundo ele, antes de tomar qualquer decisão sobre o uso de fungicidas, o produtor rural deve considerar, além da ocorrência da ferrugem, as condições climáticas e a situação da lavoura.
? É preciso analisar se vale a pena investir na lavoura, dependendo dos prejuízos já causados pela estiagem ? aconselha.
Ferrugem da soja
A ferrugem da soja é uma doença que exige muita atenção do produtor e a única forma de controle é a aplicação de fungicidas. De acordo com Roese, para que a aplicação seja eficiente é necessário vistoriar a lavoura frequentemente e intensificar esta prática após o florescimento da soja, quando as chances de ocorrência da praga são maiores.
O fitopatologista recomenda vistoria das lavouras, pelo menos, de duas a três vezes por semana.
? Na aplicação, é necessário observar as regulagens dos equipamentos de pulverização, as condições climáticas do momento, o volume de calda e o tamanho de gotas, além das recomendações dos fabricantes de fungicidas ? ressaltou.