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Chuvas em regiões produtoras de tomate provocam alta no preço do produto

Valores devem permanecer elevados pelos próximos dois mesesA chuva registrada nas regiões produtoras de tomate do país provocou queda na produção. Como consequência, o consumidor está pagando mais pelo produto, alta que deve permanecer, pelo menos, nos próximos dois meses. Em janeiro, o quilo foi comercializado a R$ 3,28. No mesmo mês do ano passado o preço estava em R$ 2,54.

— Em grandes regiões produtoras de Santa Catarina e São Paulo houve queda de 20 a 21% na produção. Com isso os preços aumentaram de forma exacerbada, revertendo uma tendência de baixa nos preços — comenta o pesquisador do Instituto de Economia Agrícola, José Sidnei.

No interior de São Paulo, além da chuva, produtores estão sofrendo também com a forte onda de calor. Nem mesmo quem planta em estufa está conseguindo cultivar o tomate de forma saudável. A temperatura elevada trava o crescimento da planta.

O produtor de tomate Marcelo Cury Amussi tem 75 estufas e produz uma média de 15 toneladas por mês no município de Salto. Em janeiro, a produtividade caiu 25%. Além do calor, durante os períodos de chuva a incidência de luz não é suficiente para desenvolver o fruto e o tomate fica mais vulnerável às pragas.

— Não é que nem na Europa, que no inverno rígido quebra o ciclo, mata todas as pragas, depois começa tudo de novo. Aqui, como é um país tropical, não tem quebra de cliclo, então a praga a cada ano que passa está aumentando mais com o controle mais difícil — diz Amussi.

Em duas décadas produzindo tomate, Amussi classifica o período atual como o pior de todos, tanto em produção como em comercialização. O preço mais alto não chega ao produtor. Quem ganha dinheiro, segundo o produtor, são os intermediários.

— Para o produtor não muda. Então, se o preço subiu é porque a produção caiu muito. Então, mesmo que dobre o preço para o produtor, como a produção caiu mais do que a metade, acaba não compensando. Para o produtor nunca faz diferença — explica o produtor.

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