Cidade do interior de São Paulo é modelo no uso de sacolas plásticas

População de Jundiaí deixou de usar sacolas em supermercados há nove mesesEm Jundiaí, no interior de São Paulo, é modelo no uso de sacolas plásticas. Na cidade, a população substituiu esses produtos por outros retornáveis ou até mesmo por outras sacolas, feitas a partir de produtos agrícolas. Entre as alternativas estão as biodegradáveis, feitas a partir de amido de milho.

A mudança ocorreu há nove meses. Antes disso eram utilizadas mais de 20 milhões de sacolas todo o mês. Agora, o número caiu para cerca de 1 milhão.

? É um projeto de sucesso em todo o país e fizemos ele com muita coerência. Isso foi feito de maneira consciente, informando o consumidor para que no dia que nós baníssemos a sacola ele já estivesse consciente ? explica o vice-presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Edivaldo Bronzeri.

Entre as alternativas para substituir as sacolas plásticas, o projeto focou nas embalagens reutilizáveis.

? O projeto foca nas embalagens reutilizáveis, então nós temos o tipo que é de tnt retornável, caixas de papelão e também tem aquele consumidor um pouco mais desprevenido que tem as sacolas biodegradáveis, feitas a partir de amido de milho ? diz Bronzeri.

O material usado nas sacolas biodegradáveis é formado a partir de bio polímeros, um tipo de molécula produzida com amido de milho, de mandioca ou beterraba. Essa característica diminui o tempo de degradação do produto. O plástico comum pode levar até 300 anos para se decompor na natureza. O biodegradável leva em média seis meses.

Com novos projetos e a maior conscientização das pessoas, a demanda pelo produto só cresce. Em uma empresa da cidade, por exemplo, a produção já dobrou neste ano e para 2012 as projeções vão além. Por mês, mil toneladas de sacolas plásticas são vendidas, deste total 10% é do tipo biodegradável. Por enquanto, a empresa importa da Alemanha a maior parte dos polímeros.