O raio-x apresentado foi traçado a partir do dados levantados pelo Circuito Tecnológico 2011. Foram coletadas 541 amostras, sendo 510 de sementes e 31 de fertilizantes, além de informações quantitativas e qualitativas que os produtores passaram aos entrevistadores das cinco equipes. Participaram funcionários da Aprosoja, parceiros, pesquisadores e estudantes.
Esse retrato da soja 2011/2012 no Estado é usado pela Aprosoja principalmente como conteúdo para a entidade se organizar e cobrar dos órgãos responsáveis as demandas do setor. Os dados também são utilizados para mostrar aos produtores a realidade estadual para que eles possam se situar nela, ajudando inclusive na sua tomada de decisões.
As sementes coletadas foram analisadas pelo Laboratório de Sementes da Faculdade de Agricultura e Medicina Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (Famev – UFMT). Segundo a responsável técnica pelo laboratório, a professora Maria Cristina de Figueiredo e Albuquerque, as sementes não tratadas foram analisadas quanto ao vigor e germinação.
? As sementes tratadas com inseticidas, fungicidas e outros elementos químicos serão analisadas quanto à sanidade e eficácia deste tratamento ? explica Maria Cristina.
Fertilizantes foram encaminhados para análise em laboratórios devidamente credenciados pelo Ministério da Agricultura. Cada uma das equipes teve um roteiro e uma meta de amostras a ser cumprida por dia em propriedades escolhidas ao acaso.
O proprietário ou gerente que os recebia prestava as informações, tanto qualitativas quanto quantitativas. O questionário incluiu questões de produção, variedades, qualidades de fertilizantes, questões econômicas, de crédito, de expectativas de novas aquisições de máquinas ou não e também questionamentos ambientais.
Estimativas
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta uma área de 6,78 milhões de hectares plantados com soja para a safra 2011/2012, com estimativa de produção de 21,5 milhões de toneladas. A última safra (2010/2011) registrou 6,41 milhões de hectares plantados com a oleaginosa, garantindo uma produção de 20,5 milhões de toneladas do grão.