As árvores que hoje estão cobertas de frutos nem sempre foram assim. Ragas e fenômenos naturais já interferiram, diversas vezes, no bom desenvolvimento da laranja.
Há 50 anos, a produção de Jiancarlo Carmona é dedicada à citricultura. Nestas cinco décadas, já foram contabilizadas mais de oito perdas parciais. Em 1999, o prejuízo superou 60% do total da produção.
Na época, o problema foi o excesso de produção e o preço baixo. O produtor admite que gostaria de ter mais segurança para investir na cultura.
? Garantia de preço mínimo ou talvez um seguro ? cita Carmona.
O desejo do produtor foi atendido em parte. O Ministério da Agricultura incluiu a produção de citros no Proagro, o seguro subsidiado pelo governo, que cobre perdas com o clima e com doenças na plantação.
? Existe uma subvenção ao prêmio estabelecido pelo governo federal. O produtor que vai aderir ao seguro agrícola no caso específico do citrus o governo paga 40% do prêmio. Aqui no Estado de São Paulo ainda há uma subvenção por parte do governo estadual. Ele ainda cobre 50% dos 60% restantes, ou seja, as alternativas existem ? diz o gerente-executivo de Agronegócios do Banco do Brasil, Márcio Augusto Montella.
O Proagro vai cobrir um valor máximo de R$ 150 mil. A Associtrus, que representa os produtores em São Paulo, recebeu a novidade com entusiasmo.
? Acho importantíssimo. De qualquer forma, representa um avanço. A medida que venha para melhorar é sempre bem vinda ? defende o presidente da Associtrus, Flávio Viegas.
Para os produtores que tiverem interesse em aderir ao Proagro, Montella explica.
? O produtor tem que se cadastrar em uma instituição financeira a qual ele vai pleitear o financiamento, apresentar a documentação pertinente para realizar o cadastro e se ele já tiver um histórico de atuação junto ao banco, aí é mais simples: é só uma cédula de custeio que você vai vincular ao Proagro ou seguro agrícola ? diz o gerente-executivo.