A principal medida anunciada é um seguro para os produtores trocarem plantas contaminadas pelo greening ou pelo cancro cítrico por mudas novas.
As laranjas ainda estão no pé, mas já foram vendidas para a indústria por um preço quase quatro vezes maior que o do ano passado. Nesta safra, o valor pago ao produtor varia de R$ 13 a R$ 15 a caixa de 40 quilos. Em 2009, o preço médio era de R$ 3,50.
A chuva excessiva na época da florada, a queda na produção de laranja e a falta de estoque na indústria foram alguns dos fatores responsáveis pelo aumento nos preços. Entretanto, mesmo com a boa fase do mercado, o citricultor ainda se recupera dos prejuízos das safras anteriores.
O citricultor Jian Carlo Carmona, de Arthur Nogueira, interior paulista já vendeu metade da produção para a indústria a R$ 15 a caixa. Ele afirma que ainda não conseguiu pagar dívidas antigas, mas pelo menos cobriu os custos desta safra. Com a outra metade da produção, ele espera aproveitar os bons preços para lucrar ainda mais.
O seguro vale para produtores que têm até 20 mil pés de laranja. Eles respondem por pelo menos 80% da produção no Estado. Vão ser disponibilizados R$ 35 milhões e o governo paulista vai pagar todo o prêmio da apólice. Para quem teve plantas atingidas pelo greening, a indenização vai ser de R$ 4 por pé eliminado até atingir 3% do total do pomar. No caso do cancro cítrico, o valor é de R$ 19 por planta eliminada até atingir 25% do pomar.