Marco Antonio dos Santos afirmou que, por enquanto, os dados disponíveis sobre o balanço do programa da LEC são que as indústrias tomaram R$ 245 milhões dos R$ 300 milhões disponibilizados. Ele disse que um novo balanço das operações de financiamento deve ser apresentado no fechamento da safra, que deve ser a maior da história, com cerca de 400 milhões de caixas. A safra começou em maio do ano passado e ainda há em campo três milhões de caixas para serem colhidas, afirma.
Santos, que é presidente do Sindicato Rural de Taquaritinga e coordenador da mesa diretora de citricultura da Federação de Agricultura e Pecuária de São Paulo (Faesp), afirmou que o setor ainda não calculou qual será a demanda por crédito para as operações de LEC por parte das indústrias. No caso do preço para comercialização da matéria prima, uma das referências pode ser o custo de produção calculado pela Companhia Nacional de Abastecimento.
A reunião desta terça, dia 7, da Câmara Setorial de Citricultura não contou com a participação de Christian Lohbauer, presidente executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), principal parte interessada nas discussões sobre o embargo dos Estados Unidos a cargas de suco de laranja com resíduos do fungicida carbendazim acima do tolerado pelas autoridades norte-americanas.
Marco Antonio dos Santos disse que tanto as indústrias como os produtores estão aguardando uma resposta em relação ao pedido feito pela CitrusBR de ampliação dos limites de tolerância do carbendazim para o suco de laranja concentrado e congelado (FCOJ), para não prejudicar o escoamento dos estoques.
Santos afirmou que os citricultores não tinham conhecimento sobre as exigências impostas pelas autoridades norte-americanas a partir de 2009, tanto que nos contratos firmados com as indústrias no ano passado há uma relação de defensivos agrícolas que podem ser utilizados, da qual consta o carbendazim. Ele disse que os sindicatos estão orientando os citricultores a optarem por outros fungicidas, a fim de evitar problemas na comercialização da próxima safra.