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Citricultores recebem o dobro pela caixa de laranja em município paulista

Explicação está na lei federal que prevê que 30% dos produtos da merenda escolar sejam comprados de agricultores familiaresUm grupo de citricultores do interior de São Paulo está recebendo o dobro do preco do ano passado pela caixa de laranja. A explicação está na lei federal que prevê que 30% dos produtos da merenda escolar sejam comprados de agricultores familiares. A rotina é a mesma. Depois de colher, o produtor Renato Carlini sai do sítio, em Artur Nogueira (SP), com o caminhão carregado de laranja. Mas dessa vez, ele vai fazer um trajeto diferente.

O produto vai até uma propriedade vizinha, onde ele e outros agricultores improvisaram uma central de beneficiamento. A laranja é lavada, pesada e ensacada. O processo foi feito às pressas para atender uma necessidade do município. Uma lei federal, aprovada no ano passado, estabelece que pelo menos 30% da merenda escolar seja comprada direto de agricultores ligados ao Pronaf, sem licitação.

A novidade está beneficiando os agricultores. O preço, que eles negociaram com a prefeitura, é bem melhor que o pago pela indústria de suco de laranja. As processadoras pagam no máximo R$ 15 pela caixa, que é vendida ao município por R$ 43. Descontando o custo de lavagem e entrega, o citricultor ainda ganha quase R$ 30 pela caixa.

Em Artur Nogueira, a medida foi colocada em prática no mês passado. A prefeitura vai comprar dos agricultores 75 toneladas de laranja e 18 toneladas de mandioca por ano. O produto é entregue toda semana, pelos produtores, em 24 escolas e creches da cidade.

A adesão dos produtores ainda é pequena. Dos quase 400 agricultores familiares do município, apenas 11 estão no programa. Mas a coordenadora da Casa de Agricultura da cidade, Roseli Borges, ressalta que as vantagens para quem aderiu vão além dos preços melhores.

? Como eles voltam a vender direto ao comprador final, isso os estimula a se organizarem, criarem cooperativas, emitirem nota e etc.

Os resultados têm sido tão positivos que os citricultores já fazem planos para o próximo ano. A idéia agora é comprar equipamentos, montar uma pequena indústria e vender suco, já processado. E não só para as escolas, para os consumidores em geral.

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