Os pés de bergamotas, conhecidas em outras partes do país como mexiricas, estavam carregados quando a onda de frio começou, há duas semanas, logo depois da abertura oficial da colheita na região. O fenômeno climático acabou com a expectativa de boa safra dos produtores, que esperavam colher 40 mil toneladas.
– A seca foi demais também, tivemos uma perda. E daí, agora, vem a geada, uma atrás da outra. Terminou com o resto. Não tem o que salvar – lamenta a produtora rural Marlene Krug.
A Emater ainda não terminou o levantamento dos prejuízos, mas os citricultores já projetam as perdas.
– Hoje já tem uma perda de 60%. No entanto, a gente acredita que ela vai chegar em torno de 80 a 90% até o fim da safra – afirma o produtor Romeo Krug.
As frutas estão caindo e apodrecendo no chão, não servem nem para fazer suco. As árvores que precisam de replantio só vão começar a produzir de novo daqui a cinco anos.
– O pessoal fez financiamento pelo Pronaf. Como é que eles vão pagar? Essa é a maior dificuldade que o nosso citricultor vai ter este ano e mais para o ano que vem porque vai ter uma perda significativa para o ano que vem também – afirma Krug.