O setor citrícola gerou 10.554 postos de trabalho no País no período de julho a setembro deste ano, informou a Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a entidade, apesar de o número representar queda de 14% em relação às 12.339 vagas geradas em igual período da safra anterior, os pomares de laranja ainda representam 8,89% do total de admissões feitas pela agricultura em todo o Brasil, que soma 118.716 vagas.
A CitrusBR nota, ainda, que a redução nas admissões no setor ocorre por causa da bianualidade da safra de laranja, que nesta temporada tem uma produção 26% menor em comparação em igual período do ano passado.
“A colheita da citricultura é extremamente demandante de mão de obra. Uma colheita menor acaba necessitando de menos pessoas. Mas, ainda assim, podemos observar uma participação importante do setor na geração de empregos”, analisa o diretor executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Do total das vagas criadas pela citricultura, 86% estão no Estado de São Paulo, com um total de 9.163 admissões. Isso significa que do total de 63.547 vagas criadas pela agricultura paulista entre julho e setembro de 2020, a produção de laranja foi responsável por 14,42%. De janeiro a setembro desse ano, a citricultura já soma 31.584 admissões.
“O fato é que a citricultura, todos os anos, colabora com cerca 40 mil vagas ao longo do ano, com todas as proteções legais aos trabalhadores em regiões que são carentes de vagas formais, o que gera renda e desenvolvimento para o interior de São Paulo”, explica Netto.