Uma audiência pública realizada hoje (1º) em Brasília para discutir o padrão oficial do teor de umidade da soja foi abruptamente encerrada depois que produtores e representantes do setor se retiraram devido à falta de acordo. A audiência, que ocorreu na Conab, teve a participação de diretores da Aprosoja e da CNA, mas foi interrompida devido a discordâncias.
Na nova versão do regulamento, o Ministério da Agricultura defende a mudança, de 14% para 13%, do teor de umidade para o grão da soja, ponto que gerou a discordância das entidades representativas dos produtores rurais.
“A CNA se retirou da reunião na quarta porque os produtores não concordam com a redução da umidade de 14% para 13%. Não vamos aceitar essa alteração, pois o primeiro a ser descontado será o produtor e não podemos absorver esse prejuízo”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli.
Antônio Galvan, presidente da Aprosoja Brasil, afirmou que a discussão deveria focar em percentuais toleráveis para a umidade do grão, mas os produtores se sentiram prejudicados devido à aplicação de descontos acima do que seria razoável. Ele ressaltou que o produtor rural já enfrenta desafios, incluindo condições climáticas adversas, e não pode aceitar mais prejuízos.
Arioli afirma explicou que o novo padrão proposto pelo Mapa representaria perdas significativas para os produtores. Ele enfatizou a necessidade de uma negociação mais ampla antes de estabelecer um novo padrão.
A decisão de sair da audiência foi tomada como ato de protesto, e os representantes dos produtores aguardam que o Ministério da Agricultura os chame para mediar as negociações com as empresas compradoras. A expectativa é que uma solução seja encontrada para evitar prejuízos adicionais ao setor.
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