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Clima chuvoso pode prejudicar lavouras de soja e milho na Argentina

Argentinos enfrentam o verão mais quente dos últimos 53 anos, mas tempestades trouxeram muita preocupação para o setor agrícolaAs fortes chuvas que têm caído nos últimos 10 dias trouxeram alívio para os argentinos, que enfrentam o verão mais quente dos últimos 53 anos. As tempestades, porém, também trouxeram muita preocupação para o setor agrícola. As lavouras de soja e de milho correm risco de contaminação por doenças causadas pelo excesso de umidade, advertem as Bolsas de Comércio de Rosario e de Buenos Aires, nos respectivos relatórios climáticos semanais. Anteriormente, as plantações, especialmente de milho, já fora

Inúmeras áreas no centro do país, principal região produtora de grãos da Argentina, estão alagadas e devem permanecer assim durante alguns dias, uma vez que o serviço de meteorologia projeta intensas chuvas durante o próximo fim de semana. Do sul da Província de Santa Fe até o norte de Buenos Aires, há inundações nas áreas mais baixas.

– A continuidade deste atípico padrão de chuvas – entre 200 a 300 milímetros em poucas horas – coloca em risco a produtividade de boa parte da região – afirmou o especialista responsável pelo Guia Estratégia para o Agro (GEA), da Bolsa de Rosário, Jose Luis Aiello.
 
Aiello não fez projeções sobre as possíveis perdas por causa da dificuldade de uma avaliação imediata sobre o impacto das chuvas. No entanto, ele confirmou que é crescente a preocupação, em particular com a soja e o milho plantados tardiamente, numa segunda etapa de plantio da safra 2013/2014.

Para a região produtiva de La Pampa, as chuvas chegaram em boa hora. “No período de definição do rendimento dos cultivos, as chuvas são benéficas, de maneira geral”, disse. De acordo com o GEA, a situação deve se normalizar depois deste domingo, 9. Já a Bolsa de Cereais de Buenos Aires considera que a safra 2013-14 continuará sendo prejudicada pelo clima “extremamente irregular, que apresentará uma sucessão de riscos”. No relatório sobre Perspectiva Agroclimática, os técnicos da bolsa disseram que acontecerão “precipitações em forma de tempestades severas, com granizo, ventos e chuvas torrenciais”.

O técnico Eduardo Sierra, autor do relatório, prevê “fortes oscilações térmicas, com calor extremo e queda de temperatura, alagamentos nos campos mais baixos, transbordamento de córregos e rios e geadas mais cedo, a partir do fim de março”. Sierra não mencionou números sobre possíveis perdas.

Em outro relatório semanal da instituição, sobre o panorama agrícola, os técnicos afirmam que as precipitações registradas durante as duas últimas semanas no norte e no centro “dificultam a melhoria das lavouras plantadas mais tarde”. Em outras regiões, o clima adverso atrapalha a aplicação de inseticida e fungicida, principalmente em lavoura de milho.

A bolsa deu por concluído o plantio de soja, projetando área de 20,35 milhões de hectares. Para o milho, dos 3,3 milhões de hectares previstos, 98,65% já teriam sido semeados. A colheita da safra 2013/2014 deve alcançar 100,2 milhões de toneladas de grãos e oleaginosas, segundo a consultoria Agritrend.

Agência Estado
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