Na última safra, seca prejudicou a produtividade do município; expectativa é de colheita acima da média
João Henrique Bosco | Naviraí (MS)
Em Naviraí, no sudoeste de Mato Grosso do Sul, os produtores comemoram as boas condições do clima, bem diferente das condições enfrentadas em 2014, quando a seca diminuiu a produtividade na região. Nesta safra, a realidade é diferente e a expectativa é de uma colheita acima da média. E mais, se o agricultor conseguiu comprar o insumo antes da alta do dólar, a chance de sucesso é ainda maior.
O agricultor Rogério Fragnan está otimista, o plantio já está finalizado e a perspectiva é de colher mais de 60 sacas por hectare. Ele conta com uma consultoria agronômica fornecida por sua cooperativa, a Coopesul, cada agrônomo fica responsável por dar assistência a uma determinada região.
– É em cima da consultoria que eu faço o meu plantio. Se vai precisar aplicar fósforo ou não. O agrônomo faz uma análise e tem muito mais acesso às tecnologias do que eu – explica Fragnan.
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O trabalho de consultoria dá resultado, a média dos cooperados é de 52 sacas por hectare, acima da média da região, que é 45 sacas. Existe um fator que é essencial para explicar esta produtividade. Ao contrário da grande maioria dos agricultores da região, os cooperados não são arrendatário, eles são donos das terras, com mais recurso para investir. Em um ano atípico, faz toda a diferença.
– O produtor procura adequar o conjunto de tecnologias que tem para a propriedade dele. Obedecendo ao que diz a tecnologia, mas adaptando ao que acontece na propriedade. Um solo argiloso, arenoso, a questão da adubação potássica obedece direitinho. Ele faz 60 kg de potássio na base e o resto usa em cobertura para poder maximizar o efeito do potássio no seu rendimento – comenta o consultor técnico do Projeto Soja Brasil, Áureo Lantmann.
Há duas safras, o produtor Rogério Fragnan conseguiu 63 sacas por hectare nos 1020 hectares cultivados. No ano passado, por causa da seca, caiu para 55 sacas. Por enquanto, as coisas estão caminhando bem.
– O plantio ocorreu em uma época boa. Agora está desenvolvendo muito bem. Se tudo ocorrer bem e continuar deste jeito, tem tudo para dar certo – afirma o engenheiro agrônomo Mauro Doyama.
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