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Nesta safra o plantio começou atrasado no Estado, devido às chuvas acima da média no mês de junho, que impediram os agricultores de trabalharem suas lavouras. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) permitiu uma prorrogação no calendário agrícola para o plantio e a expectativa inicial era otimista e previa aumento de área, o que pode acabar mudando daqui pra frente.
– O produtor de trigo se programa com bastante antecedência para comprar fertilizantes e preparar as máquinas. Nessa mesma época do ano passado a saca estava em R$ 36, hoje, está em torno de R$ 27, o que faz muita diferença. Depois tivemos as chuvas, e o que acarretou na diminuição da área plantada. A expectativa inicial girava em torno de 1,153 milhão de hectares, mas deve ser menor do que o planejado – explica o agrônomo, Dulphe Pinheiro.
Apesar da possibilidade de redução de área, e, portanto a possibilidade de menor oferta do produto no Estado, o agrônomo afirma que o aumento do preço pago ao produtor depende do mercado.
– Teremos que aguardar o que vai acontecer daqui para frente com as importações. É um mercado muito instável, o que traz mais preocupação para quem planta – diz Pinheiro.
Em alguns casos, a elevada umidade do ar, associada à temperaturas baixas, tem favorecido a instalação de doenças fúngicas como ferrugens e manchas folhares, o que leva os produtores a intensificar as aplicações de fungicidas. O extensionista rural da Emater diz que a fase é de alerta.
– É importante o agricultor acompanhar o desenvolvimento da sua cultura. Cuidar das doenças fungicas. Na realidade o que nos preocupa daqui pra frente, é que quando o trigo entra nessa fase critica de florescimento e enchimento de grão, ele precisa de muito sol. É isso que a gente espera para que a lavoura tenha, a partir desse final de mês de agosto e inicio de setembro, para contribuir no enchimento do grão – conclui.
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