Produtor deve ficar atento aos sintomas apresentados e fazer o controle recomendado, quando preciso
Com o início da safra de soja, algumas doenças já ameaçam a produção. Em regiões de temperaturas baixas os produtores devem se preocupar com o aparecimento de alguns fungos que podem diminuir a produtividade das lavouras.
Existem duas doenças frequentes neste período vegetativo da soja, que são favorecidas com as temperaturas mais baixas. Uma delas é conhecida como oídio, um fungo branco semelhante a um pó fino, que se desenvolve em toda a parte aérea da soja, como folhas, hastes, pecíolos e até vagens (raramente observada).
Esta doença tem apresentado incidência em diversas cultivares em todas as regiões produtoras, desde os Cerrados ao Rio Grande do Sul. As lavouras mais atingidas podem ter perdas de rendimento de até 40%. Segundo a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, este fungo é recorrente em regiões mais altas, com temperaturas baixas e tempo seco. “O combate a este fungo não precisa ser preventivo. Assim que notar sintomas na planta o produtor deve fazer o controle com fungicida”, conta Cláudia.
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O segundo fungo é o míldio, que se prolifera em regiões mais úmidas e frias. Os sintomas iniciais são pontuações amarelas na parte superior das folhas, que aumentam de tamanho, podendo atingir até 5 milímetros de diâmetro. O míldio é introduzido na lavoura por meio de sementes infectadas ou por esporos disseminados pelo vento. E ocorre em praticamente todas as regiões produtoras de soja do Brasil. Segundo a pesquisadora da Embrapa os danos causados pelo fungo são pequenos, mas é preciso ficar atento. “O produtor não precisa se preocupar em controlar este fungo, já que com o desenvolvimento da soja e engrossamento das folhas esta doença não sobrevive”, garante a pesquisadora.
Os fungicidas comumente utilizados para o controle de outras doenças foliares como oídio, doenças de final de ciclo e ferrugem, não possuem efeito contra o míldio.
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