Embora as condições para o cultivo do milho no centro-oeste dos Estados Unidos permaneçam acima da média, a qualidade das lavouras no leste do país ainda corre riscos por causa do excesso de umidade, que pode provocar o aparecimento de doenças.
Diante desses fatores, o analista de Commodities Warren Kreyzig, do banco suíço Julius Baer, acredita que o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve reduzir sua projeção de área plantada com o cereal nos próximos meses. Assim, informa, há possibilidade de alta nos contratos futuros do grão negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). O próximo relatório mensal do departamento será divulgado no dia 12 de agosto.
Ontem, os futuros fecharam em baixa superior a 3,5%, pressionados pela melhora do clima nos Estados Unidos e pelo fortalecimento do dólar ante as principais moedas. Hoje, às 14h40, o vencimento dezembro do grão ganhava 2,75 cents (0,66%), a US$ 4,18 por bushel.
No início do mês, participantes acreditavam que o longo período de chuvas nas regiões produtoras dos Estados Unidos prejudicaria as plantações. Este temor sustentou fortes altas dos futuros na CBOT e, consequentemente, elevou os preços negociados no mercado brasileiro.
Para o analista, a previsão de ocorrência do fenômeno climático El Niño também deve dar suporte à commodity.
– Acreditamos que os futuros agrícolas já atingiram seus mínimos; investidores que estão em busca de diversificação de seus portfólios deviam levá-los em consideração – disse Kreyzig, em nota.