Clima nos EUA e exportação recorde elevam preços da soja no Brasil

Mesmo com a alta, muitos produtores devem voltar a comercializar em grande volume apenas nos próximos meses, aguardando preços melhores

Os preços da soja em grão e do farelo estão em forte alta no Brasil, impulsionados pelas maiores demandas interna e externa – a exportação de soja em junho foi recorde. O suporte é dado também pela retração de vendedores internos, pelo excesso de chuva nos Estados Unidos e pelas estimativas de área e estoques abaixo do esperado naquele país, o que eleva os preços na Bolsa de Chicago (CME/CBOT).

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Muitos compradores nacionais, com maior necessidade de aquisição no curto prazo, precisam elevar o preço para fechar negócio. Sojicultores, no entanto, indicam que devem voltar a comercializar maior volume apenas nos próximos meses, na expectativa de que os valores sigam em alta.

Mercado começa a semana em baixa

Passado o feriado de 4 de julho nos Estados Unidos, a Bolsa de Mercadorias de Chicago retomou as negociações nesta segunda, dia 6, em forte baixa para todos os contratos. Em meio às incertezas sobre o futuro da economia mundial após a decisão da Grécia no plebiscito, o dólar registra volatilidade. As condições neste momento não favorecem as negociações no mercado brasileiro.

Embarques

Quanto às exportações brasileiras de grão, em junho, somaram 9,81 milhões de toneladas, recorde histórico, segundo dados da Secretária de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Esse volume superou em 5% o de maio/15 (9,34 milhões de toneladas) e em expressivos 42,32% o de junho/14 (6,89 milhões de toneladas de soja).

Com informações do Cepea e da Agência Safras.

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