Para tentar amenizar as consequências da falta de chuvas, o produtor Luiz Carlos Machado de Amorim conta com a ajuda dos dois filhos para tomar alguns cuidados especiais na produção da fruta. Mesmo assim, os primeiros sinais de prejuízo começaram a aparecer na lavoura.
— A gente molha para não ficar uma fruta ruim de qualidade, mas, mesmo molhando, os pés acabam ficando prejudicados — afirma Silvano Oliveira Amorim, um dos filhos do produtor.
O excesso de chuva na fase do plantio, entre julho e setembro, e a falta dela na fase da colheita fez com que a oferta da fruta diminuísse. Com isso, o preço aumentou. A caixa, que no ano passado saía por R$ 20, hoje está saindo por R$ 35. Apesar de receber mais pela fruta, o agricultor perde em produtividade. Em muitos casos, a qualidade impossibilita a comercialização.
— Ainda é cedo para se fazer uma avaliação da colheita como um todo. Se houver uma precipitação mais frequente a partir de agora, é possível que se tenha uma produção boa, mas se prolongar a estiagem, que já vem desde outubro, pode ter um comprometimento — avalia o técnico da Emater Henrique Kamphorst.