Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Clima seco favorece ataque de lagartas em Nova Ubiratã (MT)

Praga chegou mais cedo que o esperado pelos agricultores, que terão de aplicar mais cedo o inseticida e mais custo no final da safra

Canal Rural | Nova Ubiratã (MT)

Em Nova Ubiratã, a falta de chuvas está prejudicando a germinação da soja, cenário bem diferente do apresentado no ano passado, quando o plantio já estava finalizado nesta época. Só que a preocupação tem um motivo extra: o aparecimento de lagartas. Muitos produtores já estão fazendo a aplicação de inseticidas, gastando mais do que o esperado.

– Fazer uma aplicação assim tão cedo eu não esperava, porque nos outros anos a gente não precisou fazer tão rápido. A gente já faz um tratamento de semente para não ter essa pressão tão cedo, mas conforme falta chuva, o tratamento não segurou essa pressão da lagarta – comenta o produtor rural Fábio Luiz Bratz.

Muitas plantas já estão danificadas pelo ataque das lagartas. A Helicoverpa armigera foi encontrada na lavoura e a recomendação ao produtor foi de um controle imediato.

– A lagarta é um inseto que destrói as folhas, ela diminui a área verde da planta, a área da fotossíntese. A gente não conseguiu quantificar ainda se vamos ter um prejuízo ou não, mas estamos preocupados com o ataque de pragas. Por isso, nós estamos já adiantando a aplicação para evitar danos futuros – explica o agrônomo Fabrício Scarpellini.

O consultor técnico do Soja Brasil, Áureo Lantmann alerta o agricultor para o uso excessivo de defensivos. O recomendado pela pesquisa é aplica somente quando a praga acumular perdas na lavoura.

– O produtor tem que maximizar o uso dos inseticidas, ele tem que escolher o inseticida, a dose e o momento de aplicar. Se ele realizar muito cedo, ele vai ter que repetir. O momento ideal é quando o produtor notar perdas reais com a pragas, quando comprometer o rendimento – orienta Lantmann.

Clima

O produtor Fábio Bratz sente os efeitos do clima irregulares deste ano. Na lavoura dele, mais de 800 hectares não foram semeados. E a área que foi cultivada, o produtor vai ter que replantar.

– Estou aqui desde 1986 em Mato Grosso e eu nunca vi um ano tão seco assim como este ano. O clima não está favorável, as previsões mostram que vem chuva, mas não chove. Está bem complicado – lamenta o agricultor.

O presidente do Sindicato Rural do município, Albino Castilho Ruiz, relata que ainda falta, pelo menos, 10% da área ser cultivada.

– Estamos vendo bastante replantio, produtor que está no terceiro plantio. No nosso município ainda falta plantar por causa da chuva. Tem vezes que chove de 20 a 30 mm, mas depois não cai mais nada – comenta Ruiz.

Veja a reportagem:

>>> Veja mais notícias sobre soja

Sair da versão mobile