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Clima seco favoreceu produção de alho e cenoura em Minas Gerais

Mas preços caíram com a grande oferta de cenoura e custos de produção do alho estão mais elevadosNa região do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, a produtividade da cenoura é alta, mas os preços não devem agradar muito os produtores nesta safra. Já a produção de alho everá ter aumento nesta colheita, de acordo com as expectativas dos produtores. O clima seco contribuiu para a cultura e o produto deverá ter boa qualidade.

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Este ano, Minas Gerais, segundo maior produtor de alho do país, deve ter produção parecida com a safra passada. A estimativa é colher 20,4 mil toneladas. Como choveu pouco, a cultura se desenvolveu bem. O técnico agrícola João Roberto Caetano comemora a qualidade do alho produzido com a variedade ito brasileira, de cor roxa.

– Ano passado colhemos 18 toneladas por hectare e estamos esperando 19 toneladas nesse ano – diz Caetano.

Mas, se no campo a produção vai bem, é na importação do produto que está a preocupação. O alho que vem da China é ainda o maior desafio do setor. O Brasil produz apenas 30% do que consome, o restante é importado, principalmente, de lá. Uma briga antiga, que na opinião do técnico agrícola, pode ser ganha valorizando o a qualidade do produto brasileiro.

– Nós precisamos buscar alho de melhor qualidade. O diferencial do produto chinês é o alho roxo, então, temos que buscar alho de boa qualidade e produtividade nessa variedade.

De acordo com Caetano, o custo de produção é muito alto aqui.

– No ano passado fechamos com R$ 70 mil por hectare. Este ano estamos calculando acima de R$ 75 mil.

O problema é que o preço da caixa de 10 quilos do alho tipo 6 vindo da China está R$ 65 no mercado, enquanto o mesmo produto brasileiro entra no mercado a partir de R$ 80.

Cenoura

José Reinaldo da Cunha cultiva cenoura em Campos Altos. São 200 hectares que produzem, em média, 400 toneladas por ano. Ele faz parte de um grupo de quatro produtores que investe na produção de hortaliças nessa área. Produzindo juntos, o grupo tem vantagens tanto na hora de vender o produto quanto na compra de insumos.

– Na hora de compra adubo a gente consegue um melhor preço – conta Cunha.

Entretanto, devido à grande oferta de cenoura no mercado, o preço da caixa da hortaliça não está agradando os produtores. Nesta mesma época em 2013, o produtor conta que conseguia vender a produção entre R$ 35 e R$ 40 a caixa. Este ano, o preço está em torno de R$ 12.

– Tivemos pouca chuva, o que aumentou a produtividade. Mas é uma diferença grande de preço. É preocupante porque nossa região é dedicada totalmente a essa cultura, muita gente já deve estar pensando em redimensionar a sua área – diz o produtor.

A região do Alto Paranaíba é conhecida pela alta produtividade por hectare. Um dos fatores que têm permitido esse avanço é o uso de tecnologia de ponta, como afirma o técnico agropecuário da Emater de São Gotardo, Dener Henrique de Castro.

– A região se destaca pela altitude, solos bons, profundos. A cultura do alho e da cenoura são irrigadas. No alho se consegue alta produtividade pela vernalização, que é quando o alho fica numa câmara fria, antes do plantio, isso potencializa a produção. E a cenoura, se destaca pela tecnologia importada, tanto no plantio quando no beneficiamento e limpeza do produto.

Assista a reportagem:

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