O produtor rural Sérgio Dockhorn Ferreira aderiu ao sistema de irrigação há 14 anos, antes mesmo do clube da irrigação ser formado. Hoje ele é atendido pelo clube, e da área de 3 mil hectares, 1,5 mil são irrigados. O produtor cultiva soja, milho e trigo. Segundo o produtor, o pivô funciona como complemento hídrico em uma região onde a distribuição de chuvas é irregular.
– Na região de Cruz Alta chove cerca de 1,7 mil milímetros anuais. No verão, na época de floração, chega a ficar 30, 40 dias sem chuvas, o que pode trazer um prejuízo. Aí entra a irrigação – comenta.
Os resultados mais relevantes, de acordo com o produtor, foram no milho, mas a soja também apresentou resultados excelentes.
– O milho produz 120 sacos por hectare a mais. A soja, por baixo, 20 sacas a mais. Chega a 25, 30 sacas. Em um ano de estiagem chegamos a colher aqui 50 sacas a mais no pivô em relação ao sequeiro – relata Ferreira.
Uma das metas do clube é aumentar em 10% as medas das propriedades e das áreas onde atua. Atualmente, oito produtores rurais são atendidos pelo Clube da Irrigação, em sete regiões de norte a sul do Estado. A Metade Sul é recente na cultura da soja, por esse motivo, a intenção é levar as ferramentas tecnológicas e conhecimentos técnicos de manejo para os agricultores dessa região.
No encontro desta quinta, o Clube, além de discutir os níveis de irrigação no país, também vai apresentar aos novos produtores as experiências do grupo para se prevenir contra pragas e doenças.
– Tivemos sérios problemas no Rio Grande do Sul e no Brasil com a helicoverpa, então já vamos começar a nos precaver. Qual o melhor manejo para chegarmos bem lá no final safra? Tem a questão da ferrugem e fungicida, além de falarmos sobre como se regula uma máquina. É o básico para chegar em altas produtividades – explica o presidente do Clube da Irrigação, João Telles.
As inscrições para o encontro são gratuitas e podem ser feitas no site.