CMN amplia crédito para produção de milho e autoriza renegociação de dívidas de produtores de maçã

Com medida do Conselho Monetário Nacional, agricultor terá direito ao dobro do valor inicialmente propostoO Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou nesta quinta, dia 23, uma medida de incentivo à produção de milho. Os agricultores terão direito a mais crédito, com juros controlados, para poder financiar o plantio da cultura. O valor de custeio, que antes era de R$ 800 mil dobrou para R$ 1,6 milhão. Se o produtor adotar boas práticas agrícolas, terá direito a mais 30% de financiamento.

— Ele pode se financiar até R$ 800 mil e se usar boas práticas agropecuárias, como a conservação de solo e o plantio direto na palha, esses R$ 800 mil podem subir para R$ 1,1 milhão por CPF. O que o Conselho Monetário Nacional aprovou hoje foi a elevação de mais R$ 800 mil. Aquele produtor rural que planta milho vai ter acesso a mais R$ 800 mil para o seu cultivo de milho, o seu custeio à taxa de 5,5% — explica o secretário adjunto de Política Econômica, João Rabelo.

Os novos limites de financiamento também são válidos para o custeio de sorgo.

MAÇÃ

O CMN também autorizou nesta quinta a composição de dívidas por meio da contratação de operação de crédito rural com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para liquidação de operações de crédito rural de investimento contratadas por produtores de maçã.

Serão liberados até R$ 300 milhões com prazo do financiamento de até 10 anos, incluindo um ano de carência, e taxa de juros de 7,5% ao ano. Poderão ser renegociadas as dívidas originárias de uma ou mais operações do mesmo mutuário contratadas até 30 de dezembro de 2010. O saldo devedor total será limitado a R$ 5 milhões por agricultor e será exigida a amortização de, no mínimo, 5% do saldo devedor a ser paga até a data de formalização da renegociação.