As vantagens para o cafeicultor com a unificação, segundo o secretário adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt, são a realização de uma só operação, a redução de custos com registros em cartórios em transações de duas operações e, principalmente, a garantia de disponibilidade dos recursos para o produtor.
? Estamos tentando unificar as medidas com o plano safra ? disse.
O secretário lembrou que, de 1991 até agora, o café era uma cultura diferenciada, porque tinha recursos e prazos diferentes para o custeio e para a colheita.
? Isso era uma coisa ruim, pois obrigava o cafeicultor a fazer dois financiamentos, sem sequer ter certeza de que teria crédito no futuro ? explicou.
No mesmo voto, o CMN aprovou o direcionamento dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) para linhas de crédito para a safra 2010/11. Foram destinados R$ 300 milhões para colheita, R$ 500 milhões para estocagem, R$ 500 milhões para Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e R$ 50 milhões para constituição de margem de garantia e ajustes diários nas vendas a futuro, para aquisição de prêmios nos contratos de opção de venda e taxas e emolumentos referentes a essas transações.
Por fim, o CMN reservou, ainda, R$ 40 milhões para recuperação de lavouras de café atingidas por granizo e R$ 300 milhões para composição de dívidas decorrentes de financiamento para produção de café.