Os especialistas em questões agrárias ouviram as dúvidas dos produtores rurais. O seminário deu espaço a opiniões divergentes sobre um assunto bastante polêmico se há necessidade ou não de alterar os índices de produtividade.
? O índice de produtividade é uma agressão de morte à livre iniciativa e à mão forte e pesada do Estado nas decisões do empresário ? disse a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.
O jurista Dalmo Dallari defende a revisão dos critérios usados pelo governo para desapropriar terras destinadas à reforma agrária.
? Há uma ideia mais recente da humanização da propriedade. A propriedade não foi eliminada, é um direito básico, fundamental, mas implica uma responsabilidade e ela não pode não deve ser concebida como um direito rigorosamente individual ? crê o jurista Dalmo Dallari.
Para o analista político Denis Rosenfield, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra seria o único beneficiado com a desapropriação de terras agrícolas.
? O MST, que é uma organização política, que quer destruir a economia de mercado, o estado de direito e a democracia representativa se utiliza da dita revisão dos índices de produtividade. Espero que o governo tenha bom senso e recue agora dessa decisão ? concluiu Rosenfield.