Mesmo com as medidas adotadas recentemente pelo governo para reduzir os estoques e conter a retração dos valores pagos pela saca de 50 quilos do cereal, os preços não reagiram e a situação dos produtores de arroz continua crítica.
A avaliação está no boletim Custos e Preços, divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Segundo o presidente da Comissão de Arroz da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Francisco Schardong, o produtor está sendo penalizado pela alta produtividade.
? O produtor está sendo penalizado pela sua capacidade de produção. Tivemos um recorde de produção no Rio Grande do Sul, mas os preços não chegam perto do preço mínimo quanto mais aos custos de produção ? enfatiza.
Entre as regiões pesquisadas, a maior queda foi registrada no município de Camaquã (RS), onde os preços recuaram, em média, 1,2% em relação a abril. Nesta região, a saca tem sido vendida a valores inferiores ao custo de produção. Enquanto o valor de comercialização foi de R$ 18,83 a saca, em maio, o custo chegou a R$ 29,63.
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