Segundo a CNA, considerando as variedades de café arábica e conillon, os produtores tinham comprometido 42% da produção até 30 de setembro, volume ligeiramente inferior aos 43% negociados em igual período de 2012.
– As estimativas da iniciativa privada mostram que o fluxo de comércio ficou abaixo da média dos últimos cinco anos, quando as vendas giravam em torno de 49% do total produzido – disse a entidade por meio de nota.
Na opinião do presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita, a margem líquida negativa tem desestimulado as vendas do grão, pois o valor oferecido é inferior ao custo de produção. Ele lembra que, na última terça, dia 15, a saca de 60 quilos do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, foi cotada a R$ 257,54, enquanto o custo de produção na maioria das regiões supera R$ 350.
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Mesquita alerta para a crise enfrentada pela cafeicultura, uma vez que a queda de preços compromete a renda dos produtores. Os dados coletados pelos pesquisadores do Projeto Campo Futuro, uma parceria da CNA com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), mostram que, apenas em algumas regiões onde é possível mecanizar as operações, os produtores obtêm margem líquida positiva, pois o preço médio de venda é superior ao custo operacional efetivo (COE). Ele afirmou que Luís Eduardo Magalhães (BA), Monte Carmelo (MG) e Franca (SP) estão entre essas regiões.
– Com margem líquida negativa, os produtores das demais regiões demonstram certa resistência para comercializar o produto diante dos preços baixos – afirmou.
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