A parceria, que terá como horizonte até 2020, pretende estabelecer e organizar ações para desenvolver o setor agropecuário, informa a CNA em nota.
– O Fórum concordou em utilizar sua experiência para redigir uma agro-agenda que responda às demandas comuns dos quatro elos da cadeia que compõe o agronegócio brasileiro – insumos, produção, industrialização e comercialização – disse a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (PSD/TO).
A senadora relatou durante o encontro com o diretor executivo do Fórum Econômico Mundial, Borge Brende, que a agropecuária brasileira cresceu 9,7% no primeiro trimestre deste ano em relação aos últimos três meses de 2012. Ela acrescentou que Brende mostrou interesse na experiência brasileira em agronegócio e pediu a colaboração da CNA em programas de capacitação de agricultores africanos e na gestão dos recursos hídricos no continente.
– O agronegócio é o motor da economia brasileira. Mas se traçarmos um objetivo comum para o setor, podemos crescer ainda mais – disse ela.
Kátia Abreu afirmou que a CNA é favorável à democratização do acesso à tecnologia e vai levar esse conhecimento à África. Ela lembrou que nos últimos 40 anos o Brasil deu um salto em matéria de segurança alimentar, ao passar da condição de país importador a exportador de alimentos.
-Estamos prontos para dividir essa experiência com o continente africano – disse a presidente da CNA.
No encontro, Katia Abreu criticou algumas decisões do Mercosul, por considerar prejudiciais ao agronegócio brasileiro. Ela considera inconcebível que os dois países do bloco sul-americano ditem as regras para a agricultura brasileira.
– Queremos inverter esse paradigma. Nós, os agricultores e pecuaristas brasileiros, estamos entre os que mais contribuem para o crescimento econômico do Brasil. É inaceitável que Argentina e Venezuela decidam nosso destino – disse a senadora.
A senadora também afirmou durante o encontro que, apesar dos avanços alcançados no diálogo com o governo da presidente Dilma Rousseff.
– O país ainda precisa avançar em áreas como logística e infraestrutura, cabotagem, reforma da previdência e o custo da mão de obra, que é um dos mais altos do mundo – concluiu.