Os donativos foram arrecadadas junto às federações de agricultura dos Estados e entregues ao governador Luiz Henrique da Silveira pela presidente eleita da CNA, Kátia Abreu, e pelo presidente da Federação da Agricultura de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo.
? É uma doação pequena, mas nós não podemos ficar alheios a essa realidade ? afirmou a dirigente.
Para Kátia Abreu, o campo está integrado ao mundo urbano em tempos bons e nas horas difíceis. Ela assinalou que “os problemas que afligem a sociedade também afligem o agronegócio”.
Pedrozo classificou a ação como uma modesta contribuição, mas que poderá amenizar o sofrimento de muitas famílias atingidas pelas cheias.
? Temos acompanhado diariamente a realidade das famílias desabrigadas, o que nos comove muito e, nesse contexto, não poderíamos deixar de fazer alguma coisa ?afirmou.
Prejuízo
As cheias do final de novembro prejudicaram fortemente o setor agrícola de Santa Catarina. O vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, relatou que as perdas em diversas culturas passam dos R$ 400 milhões.
Dos 70 mil produtores de feijão do Estado, 80% foram atingidos. A safra de arroz terá quebra de 15%. A produção de trigo, estimada em 250 mil toneladas nesta safra, terá perda de 20%.
A produção de fumo terá prejuízos de R$ 48 milhões, pois cerca de 20% da safra será perdida. Outros R$ 12,5 milhões serão perdidos pelos produtores de mel, cuja safra de cinco mil toneladas terá quebra de 50%.
Os 75 mil produtores de leite de SC também terão prejuízos estimados em R$ 6 milhões, com perda de 10% da produção diária; na bovinocultura de corte, a perda estimada é de R$ 5 milhões.