CNC aceita discutir sobre a liberação da importação de café

Silas Brasileiro explicou que a importação de café deve ser em volume limitado, apenas para compor os blends na industrializaçãoA importação de cafés para compor os blends pode voltar a ser discutido no âmbito do governo. O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), deputado federal Silas Brasileiro (PMDB/MG), disse que atualmente existe maturidade no setor para discutir a liberação das importações de café em regime de drawback, isto é, para processamento visando a exportação. O deputado explicou que a importação de café deve ser em volume limitado, apenas para compor os blends na industrialização e destaca ser neces

Ele reconhece que para os cafeicultores brasileiros, por serem os maiores produtores do mundo, é difícil aceitar a liberação da importação, mas observa que a Nestlé está construindo uma fábrica na Itália que poderia ser instalada no Brasil, se houvesse possibilidade de diversificar os blends.

– É importante para a balança comercial brasileira – diz ele.
 
Na avaliação do Silas Brasileiro, a importação de café para compor os blends deve ser temporária. Ele acredita que, devido à diversidade de condições da produção de café no Brasil, em termos de altitude e de clima, é possível produzir vários tipos de grãos para elaborar os blends visando à exportação do café industrializado.
 
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura e secretário interino de Produção e Agroenergia, José Gerardo Fontelles, concorda que para agregar valor ao café brasileiro é preciso liberar a importação de grãos para compor os blends, mas salienta que o assunto requer uma discussão com todos segmentos da cafeicultura. Ele acredita que a pesquisa brasileira tem condições de desenvolver novas variedades de café que atendam os requisitos das indústrias, para dispensar a necessidade de importação. 

Agência Estado