A publicação destaca que “o menor dinamismo na geração do emprego e a aceleração inflacionária levam ao arrefecimento do ritmo de expansão da massa de salários'”, que em maio avançou 4% frente a maio de 2007.
Nos três primeiros meses do ano, a massa salarial tinha alcançado média mensal de crescimento de 6,5% frente ao respectivo mês do ano anterior.
A indústria de transformação, com destaque para a automobilística, cresceu 0,9% em maio, comparado a abril. Embora a entidade considere a elevação pouco expressiva, lembra que maio teve um dia útil a menos que abril (maio teve dois feriados e abril um). Além disso, a taxa de câmbio média no quinto mês do ano foi de R$ 1,66, a menor dos últimos 8 anos.
Isoladamente, a área de veículos automotores registrou, no acumulado do ano, elevação de vendas de 23,8%, e o de máquinas e equipamentos 18,4%.
Em maio, houve ligeiro aumento do uso da capacidade instalada da indústria (UCI), da ordem de 83,2% contra 83,1% registrados maio do ano passado. A variação foi de apenas 0,1 ponto percentual. A CNI interpreta que essa estabilidade revela maturação dos investimentos no setor, além da expansão do consumo, com a elevação das taxas de inflação.
Segundo a CNI, a redução de horas trabalhadas na indústria começou a ser registrada no mês de março. A variável recuou 0,1% em maio em relação a abril. O faturamento real dessazonalizado expandiu-se 1,1% em relação a abril, depois de quedas nos dois meses anteriores.
Mas a entidade destaca que, mesmo assim, a expansão do faturamento industrial em maio não foi suficiente “para recompor o nível de faturamento registrado em fevereiro”. O nível de crescimento de emprego aumentou 0,2% em relação a abril, taxa considerada inexpressiva, de acordo com a entidade.