São nesse sentido alguns dos ensinamentos para a viticultura apresentados, no Brasil, por um dos mais respeitados estudiosos no mundo na área de agricultura orgânica, o professor italiano Moreno Toselli. De 21 de março a 1º de abril, ele esteve no país, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, cumprindo roteiro de palestras (em Bento Gonçalves e em Santa Maria, no RS, e em Lages e Florianópolis, em SC), em instituições de pesquisa e universidades.
O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho George Wellington Melo, que acompanhou o estrangeiro em sua estada, comenta que, nas apresentações de Toselli, evidenciou-se que Brasil e Itália têm muito em comum em relação à produção de uva pelo sistema orgânico ? notadamente quanto ao uso de cobertura verde e de adubação orgânica. Uma diferença é no foco das preocupações: no país europeu, a doença que mais afeta a viticultura, em tal modalidade de produção, é o oídio; no Brasil, o míldio.
O roteiro do professor italiano no Sul do Brasil foi viabilizado com o aporte financeiro do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e apoio de Embrapa Uva e Vinho e universidades Federal de Santa Catarina, do Estado de Santa Catarina e Federal de Santa Maria. Toselli é professor do Departamento de Cultura Arbórea da Università di Bologna, de Bologna, Itália. O pesquisador Wellington, em palestras durante o itinerário com o estrangeiro, apresentou os resultados de experimento de produção orgânica de uva Niágara Rosada por ele conduzido, por meio do qual se obteve uma produtividade três vezes superior à obtida por meio de cultivo tradicional.