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Cobrança de estacionamento causa tumulto na Ceagesp

Varejão do final de semana no entreposto foi cancelado. Manifestantes colocaram fogo na sede do Ceagesp e tropa de choque da Polícia Militar foi ao localUm grupo de caminhoneiros e usuários protestaram, desde as 5h desta sexta, dia 14, contra a cobrança de estacionamento da Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) - o maior entreposto da América Latina, onde passam 50 mil pessoas por dia. Os manifestantes colocaram fogo em caminhões, pneus, nas cabines de cobrança e na sede administrativa, que guardava a documentação dos mais de 2900 permissionários. Pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.

A tropa de choque da Polícia Militar está no local para tentar conter o tumulto. No final da manhã, vários caminhões tentaram sair pelo Portão 4, única saída aberta, temendo que os manifestantes derrubassem os caminhões.

Os caminhoneiros consideram a cobrança de estacionamento indevida, pois o Ceagesp não oferece uma infraestrutura que justifique a combrança, como banheiros e estacionamento adequado.

O início da cobrança começou nessa quinta, dia 13. No final de janeiro, outro protesto contra a cobrança de estacionamento paralisou as operações da central.

– Nunca vi coisa assim. Podia ser cobrado e ter estacionamento adequado para a gente, banheiros limpos e condições melhores para os caminhoneiros que viajam – diz o caminhoneiro Jair Benedito Rita.

– É uma cobrança indevida. Já pagamos muito. Estamos sendo explorados e ninguém foi consultado – acrescenta o permissionário José Bento da Silva.

– O pessoal  aqui só quer receber e nada de melhorias. Não tem higiene nos banheiros e segurança nenhuma. O cliente tem que estacionar e andar três quilômetros. Pago R$ 800,00 e o relaxo é total. A gente quer trabalhar em lugar digno, mas não há condições  – destaca o permissionário Pereira.

– Achamos que toda a manifestação é justa, mas sem depredação. Permissionários, produtores rurais e feirantes dependem disso. Toda a cadeia produtiva está sendo prejudicada com essa manifestação. A  cobrança é indevida porque já pagamos pelo espaço que usamos, não é a melhor forma – opina Orlando Farnale, também permissionário.

No final da manhã, a situação ficou tensa e os manifestantes atearam fogo em um caminhão da empresa concessionária C3V, responsável pelo sistema viário. A situação só foi normalizada com a entrada da tropa de choque, por volta do meio-dia. A tropa negou o uso de armas ou de balas de borracha para conter os manifestantes e afirmou que, se for necessário, vai manter a equipe de choque no local nos próximos dias.

Através de nota, C3V lamentou os incidentes ocorridos ecomunicou que o sistema de cobrança foi amplamente anunciado desde o primeiro semestre de 2013 e que a empresa fez inúmeras reuniões e visitas a associações e comerciantes informando sobre a operação.

A assessoria de imprensa do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo confirmou que Wellington Washington dos Santos, de 23 anos, deu entrada no hospital, passou por uma cirurgia e seu estado de saúde é considerado estável.

O Ceagesp informou que, neste final de semana, não vai ter varejão no entreposto. Será permitida apenas a entrada de caminhões para carga e descarga. Na segunda, dia 17, tudo volta ao normal, mas sem a cobrança de tarifa de estacionamento até que todo o sistema depredado seja restabelecido.

Uma nova manifestação está prevista para segunda, dia 17. 

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