Ao mesmo tempo, Cocamar e Corol estudam a situação de cada indústria desta última para que suas
atividades sejam mantidas. Apenas a usina de açúcar e álcool não entrou no acordo. A Corol, que enfrenta dificuldades financeiras, possui também indústria de suco concentrado de laranja, torrefadora de café, moinho de trigo, fábrica de rações e suplemento mineral.
A Corol conta com unidades nas chamadas regiões Norte Novo e Norte Pioneiro, e também no município paulista de Iepê, situado na divisa com o Paraná. Em sua região de abrangência, há 286 mil hectares cultivados com grãos, dos quais 118 mil de milho e 115 de trigo, 6 mil com pomares de laranja e 21 mil com lavouras de café. Nesses locais, os cooperados fazem a entrega das safras e a aquisição de insumos agropecuários.
De acordo com a diretoria da Cocamar, a operacionalização das unidades arrendadas será da cooperativa de Maringá, que para isso vai enviar na próxima semana uma equipe de colaboradores para dar apoio e suporte aos funcionários da Corol. O presidente da Cocamar, Luiz Lourenço, enfatiza que o acordo vai
permitir que o funcionamento das unidades e das indústrias da Corol seja mantido normalmente.
O que facilita o entendimento entre a Cocamar e a Corol, conforme explica Luiz Lourenço, é o fato de as duas terem afinidade histórica e sinergia. Ambas já realizaram operações conjuntas nos últimos anos. Na safra de verão 2009/10, a Cocamar garantiu o fornecimento de parte dos insumos aos cooperados da Corol e, a seguir, adquiriu também boa parte da safra de soja entregue pelos produtores àquela cooperativa.
Segundo Lourenço, essa é uma oportunidade para crescer. Na visão dele, uma estrutura forte permite agregar mais valor ao cooperado. Em 2009 a Cocamar faturou R$ 1,4 bilhão e, com a soma das outras duas, o montante chegaria a R$ 2 bilhões, havendo a possibilidade de em três ou quatro anos, subir para R$ 3 bilhões.