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Código Florestal não gera estímulo à produção de florestas, diz diretor de planejamento da Presidência

Em encontro realizado pela Cosag, Arnaldo Carneiro falou também sobre pesquisas que apontam propostas para evitar desperdício de terras na agriculturaO Conselho Superior do Agronegócio, (Cosag), realizou nesta segunda, dia 1º, em São Paulo, um encontro reunindo líderes do agronegócio. Durante o evento, o diretor de planejamento da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Arnaldo Carneiro, falou sobre as pesquisas que apontam propostas para evitar o desperdício de terras na agricultura, além de mostrar uma nova visão sobre o Código Florestal brasileiro.

Arnaldo Carneiro fez uma pesquisa sobre o rearranjo produtivo da agropecuária brasileira. Segundo ele, o setor passa por um aumento do número de animais confinados, o que acaba disponibilizando terras já abertas e com baixa produtividade. Ele aponta as culturas que podem ocupar estas áreas como cana-de-açúcar, grãos e plantio de florestas.

Carneiro propõe um novo modelo de produção, não baseado em leis, mas em negócios. Questionado sobre o papel do novo Código Florestal, ele afirma é possível preservar gerando receita.

? O Código é um bom exemplo de um exemplo normativo, fazendo com que nossos agricultores sejam conservacionistas, mantendo parte do território sob proteção. Mas o vazio do Código é que ele não tem nada muito proativo, não gera negócios. Ele gera legalidade, mas nenhum estímulo à produção de florestas. O Código não pode ter vida longa se não existir uma boa economia florestal, boa economia verde que gere negócios com florestas. A reserva, a APP, deixa de ser um entrave para ser uma oportunidade de negócio. Estamos trabalhando com as duas vias, um olho no Código, outro nas oportunidades, no território, na expansão da floresta ? disse Arnaldo Carneiro.

Vontade política é o que o setor espera dos senadores. Com o fim do recesso e a volta ao trabalho, as atenções no segundo semestre se voltam para o Congresso. A Secretária Estadual da Agricultura de São Paulo, Mônica Bergamaschi, ressalta a importância de garantir a segurança jurídica no campo.

? Eu espero que a discussão seja bastante elucidativa e que todos os senadores tenham a convicção de tudo que contém o texto e da importância que isto tem para a agropecuária nacional. O que o produtor mais precisa e quer é ver logo esta situação resolvida, a fim de que haja segurança jurídica para tomar as medidas que forem necessárias e cabíveis para mais investimentos, desenvolver, crescer, e fazer o agronegócio ocupar a posição que merece para seguir produzindo e fazer este país crescer ? observou Mônica Bergamaschi.

O ex-ministro da Agricultura, Luiz Carlos Guedes Pinto, acredita em mudanças mínimas e na aprovação do Código pelo Senado.

? A minha expectativa é que avancemos e cheguemos finalmente à aprovação, e que se façam os ajustes necessários. Eu sei que é uma grande preocupação dos senadores, porque está havendo uma reunião em São Paulo com especialistas, e o propósito é alcançar uma conciliação entre os diferentes pontos de vista mais significativos. Daqueles segmentos vinculados à questão ambiental e os vinculados à questão agropecuária. Eu acho isto possível, acho que é um desafio, mas o Brasil, face à dimensão que tem no mundo – maior área  florestal preservado -, tem que dar exemplo. É possível, desde que a discussão deixe o plano emocional e busque uma saída racional que atenda os interesses de todas as partes envolvidas neste debate ? concluiu Luiz Carlos Guedes Pinto.

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