Dois dispositivos do projeto de lei que altera o Código Florestal são apontados como os mais graves: a redução da mata ciliar e a desobrigação de manter a mata nativa em pequenas propriedades.
O estudo mostra que, ao diminuir a área de proteção ambiental de 30 para 15 metros na margem de rios com até cinco metros de largura, seriam emitidos mais de 500 milhões de toneladas de CO2.
O maior impacto estaria em permitir que áreas com até quatro módulos fiscais fiquem isentas de preservar a Reserva Legal. A medida poderia provocar o lançamento na atmosfera de até 25 bilhões de toneladas de gases.
As ongs argumentam que a proposta vai contra o compromisso firmado pelo governo federal de reduzir o desmatamento e a emissão de poluentes, e defendem a elaboração de um novo projeto de lei.
? Há uma série de outros impactos na biodiversidade, nos serviços ambientais, na segurança das populações que vivem próximas aos cursos d´água e tudo mais. Há uma série de institutos e cientistas brasileiros que tem manifestado opinião que converge com a nossa ,que é que este substitutivo não contemplou a ciência ? diz o coordenador do Observatório do Clima, André Ferretti.
A proposta que altera o Código Florestal ainda precisa ser votada no Plenário da Câmara dos Deputados e do Senado.